Quando Jon Favreau lutou pela presença de Robert Downey Jr no primeiro filme do Homem de Ferro, não poderíamos imaginar que o ator tomaria para si a responsabilidade de cimentar todo o universo cinematográfico da Marvel Studios, ao lado de Samuel L. Jackson após a sua épica e inesperada aparição na cena pós-créditos do primeiro filme comandado pela Casa das Ideias, cena que acabou na culminação de dez anos de trabalho no esplendoroso Vingadores: Guerra Infinita.
Passados dez anos do lançamento deste filme, a Marvel nos entrega aquele que é o seu maior filme, a cereja do bolo para enfim tomar seu lugar de direito ao lado de épicos da cultura pop como Star Wars, O Senhor dos Anéis e a trilogia do Cavaleiro das Trevas. Mais do que isso, Vingadores – Guerra Infinita é o mais grandioso e emocional filme desde o término da franquia de O Senhor dos Anéis no começo dos anos 2000.
O filme inicia exatamente após o término do filme de comédia Thor Ragnarok, quebrando completamente o clima pastelão adotado durante todo o filme do Deus do Trovão, e já entregando no início da sessão uma sensação de angústia, perda e sacrifício. A cena de abertura do filme é tão brutal que deixa os espectadores sem fôlego desde a primeira aparição de Thanos. A presença do titã é sentida em todos os cantos do universo, trazendo o caos e medo de imediato por onde passe, e mostrando apenas o quão despreparados nossos heróis estão para essa chegada inesperada.
O ritmo frenético do filme e a quase onipresença de Thanos o transforma no verdadeiro astro do filme, criando uma aura em torno do personagem que traz para a plateia a sensação de entendimento sobre sua motivação. Ele é um fascista sim, mas a atuação de Josh Brolin faz com que o espectador entenda e incrivelmente compreenda a barbárie que o titã deseja realizar.
Vingadores: Guerra Infinita serve ainda para nos presentear com o verdadeiro Thor, que assume a responsabilidade pela segurança do universo e mostra-se como o Vingador mais poderoso até então, mostra-nos que o Doutor Estranho pode sim, ser um dos pilares da Marvel após a conclusão da atual fase (sua experiência demonstrada nesse filme serve para alimentar teorias sobre o momento que se passa o primeiro filme do mago supremo no universo cinematográfico da Marvel), além de mostrar o quão incrível é o Capitão América do irreconhecível e excelente Chris Evans.
Incomoda-me um pouco ainda a necessidade de aprovação e respeito que Peter anseia de Stark, mas prefiro entender como uma forma de reverenciar aquele que moldou um universo inimaginável de filmes que faz marmanjos de 30 e poucos anos chorarem no cinema.
Assim como nos quadrinhos, MUITOS personagens morrem, mas é a Marvel, é a Disney e sabendo da continuação já anunciada das franquias, muitos devem voltar de alguma forma, e teorias não faltam para isso, a começar pela única cena pós-créditos, que deve trazer alguém para equilibrar essa batalha contra o titã Thanos.
Como na Marvel, nada é dito por acaso, algumas frases lançadas durante o filme dão a entender o destino que alguns personagens podem ter futuramente, e pensando nisso, um sentimento agridoce é o que já permeia os pensamentos dos fãs que estão há 10 anos acompanhando o desenrolar deste universo.
Vai Thanos, “toma que o filme é teu!”
Vingadores: Guerra Infinita (Avengers: Infinity War)
Direção: Anthony Russo, Joe Russo
Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely
Elenco: Robert Downey Jr, Chris Evans, Chris Hemsworth, Josh Brolin, Scarlett Johansson, Karen Gillan, Tom Hiddleston, Elizabeth Olsen, Tom Holland, Benedict Cumberbatch, Mark Ruffalo, Zoe Saldana, Sebastian Stan, Cobie Smulders, Dave Bautista, Chadwick Boseman, Danai Gurira, Paul Bettany, Anthony Mackie, Don Cheadle
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