Woody Allen está em peso nos nomes dos grandes cineastas do seu tempo e nos tempos atuais também, afinal, o senhor de 83 anos mostra como se faz filmes há um bom tempo. Seus filmes são lindos, cheios de diálogos, enredos bem estruturados, ótimas locações e principalmente pelo fato de saber contar uma história simples e transformar a mesma em um filme, Um Dia de Chuva em Nova York não foge disso!
Este longa conta a história de Ashleigh (Elle Fanning) e Gatsby (Timotheé Chalamet), que são dois jovens namorados, que estudam na mesma Universidade. Ashleigh conseguiu uma entrevista para o jornal do seu curso, com um diretor de cinema muito famoso, Roland Pollard (Liev Schreiber). E Apesar da vontade de elaborar um passeio romântico com sua namorada, os vai e vem que aparecem durante o filme se prolongam, e mostram que ele dificilmente vai conseguir ter o seu fim de semana que tanto planejou. Mas no que corresponde ao enredo do ator, ele passeia pela sua amada Nova York e nessas, ele conhece a irmã (Selena Gomez) de uma ex-namorada sua, e conversas vão e vem entre os dois.
O filme todo se propaga em diálogos, mas o longa flui tão bem que você imerge na situação de todos os personagens, e isso ocorre de uma maneira muito natural, de uma maneira muito suave. Todos do elenco desempenham muito bem seu papel, mas Timotheé prova que é um excelente ator: mesmo tão jovem, ele convence muito e vende seu papel absurdamente bem e acaba roubando o filme todo, sendo que sem ele talvez a produção não fosse a mesma. Isso nos remete ao fato de Woody Allen saber escolher muito bem seus atores.
Woody Allen sempre nos entrega belas obras cinematográficas. Ele consegue transformar uma situação cotidiana e corriqueira em algo interessante. Ele consegue dar charme a uma conversa, uma chuva, uma trilha sonora, que em seus filmes sempre estão acompanhadas de belos pianos. Se fosse definir esse filme, seria isso, pura poesia visual. Um filme belo, com excelente atores, ótimos diálogos, trilha sonora charmosa e o que falar das locações? Allen sempre coloca como protagonista cidades, e aqui não é diferente:N York se torna um atrativo simplesmente por ações simples, uma caminhada, um museu, um hotel, enfim, charme resume tudo.
Um Dia de Chuva não propaga nada de muito diferente do que já vimos antes em outros filmes de Woody, mas não se engane, ele tem o dom para sempre fazer que seus filmes tenham um sentimento diferente aos olhos de quem os vê. Duvido muito você não ter vontade de conhecer NY depois de ver esse longa, vontade de dar uma caminhada pela cidade, de ouvir um jazz em um restaurante ou de andar em uma carroça no Central Park. Um filme super indicado para ver principalmente sozinho, pois a imersão é muito maior. Um filme que toca você com os olhos.
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