O diretor J.J. Abrams não deve ter ficado muito contente com o resultado de Star Wars – Os Últimos Jedi, pois tirou folga da cadeira de direção para o 8º filme e deixou a cargo de Rian Johnson, e Abrams deve ter pensado, “caramba, faltou muita coisa a ser contada para A Ascensão Skywalkr, o que posso fazer para preencher esta lacuna? Simples, vou colocar tudo que está faltando após ‘Há muito tempo atrás, em uma galáxia muito, muito distante…’ e o público imagine isto tudo, e eu toco o barco.”
Pois bem, A Ascensão Skywalker que encerra a terceira trilogia da saga Star Wars, é um filme raso, com roteiro raso, com direção muito medrosa, atuações medianas, exceto os atores fanservice que na hora que aparecem na tela emocionam aquele nerd que acompanhou a trilogia clássica. O filme apresenta problemas e soluções muito rápidas.
O novo “velho” vilão foi reintroduzido na trama no último trailer, o que estragou a surpresa de sua revelação, e a resolução de várias perguntas, respondidas de maneiras muito óbvias no longa.
Infelizmente sentei na cadeira do cinema com três teorias em minha cabeça, baseado na cultura tradicional do roteiro de George Lucas e que a Disney resolveu não mexer para não contrariar o hater, fazendo com que Abrams seguisse essa cartilha. E lamentavelmente acertei duas de três pelo óbvio plot twist que as trilogias apresentam, já que a surpresa maior foi dada de bandeja no último trailer.
E o vilão, ah o vilão… o velho imperador Palpatine precisava apenas ter ficado quietinho para seu plano dar certo, levando o Lado Negro à vitória facilmente, pois se em nenhum momento Luke ou Leia desconfiaram que o imperador estava vivo, qual o sentido em alardear sua precoce volta aos quatro cantos de todas as galáxias?
Daisy Ridley (Rey) foi no final das contas uma ótima escolha dessa nova trilogia, e muito por conta dela o filme não desanda de vez. Carrie Fisher (General Léia) e Luke (Mark Hammil) pelo menos receberam respeito por conta do enredo neste filme e suas devidas importâncias no Universo Star Wars.
Por fim, Star Wars: A Ascensão Skywalker termina de forma apressada, atropelada e com um velho vilão que se tivesse ouvido aquele conselho de que “em boca fechada não entra mosquito”, teria vencido facilmente.
Fala muito Palpatine, fala muito…
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* Com a colaboração de Manoel Junior.
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