Fênix Negra é ambientado em 1992, Charles Xavier (James McAvoy) está lidando com o fato dos mutantes serem considerados heróis nacionais. Com o orgulho à flor da pele, ele envia sua equipe para perigosas missões, mas a primeira tarefa dos X-Men no espaço gera uma explosão solar, que acende uma força malévola e faminta por poder dentro de Jean Grey (Sophie Turner).
O visual da produção está no mesmo nível de seus antecessores e não deve desapontar, com exceção de um momento ou outro em que é necessário estar com a mente muito aberta para alguns deslizes de CGI. As lutas e cenas de batalha no geral estão muito bem trabalhadas, e em sua grande maioria é possível acompanhar o que se passa sem aquela câmera frenética, o que deixa tudo ainda mais divertido de se ver.
Se uma grande reclamação dos fãs era o destaque que a Mística de Jennifer Lawrence havia ganhado nessa nova saga, eles podem respirar aliviados, pois ela foi deixada de escanteio, mas isso não significa que todos os outros integrantes da equipe terão seu momento de glória. Apesar de Jean Grey ter um pouquinho mais de tempo em tela – obviamente por ser a personagem que dá nome ao filme – o que vemos é basicamente a conclusão da “saga Xavier e Magneto”.
Noturno e Tempestade são os responsáveis por alguns dos melhores momentos da produção. Apesar de não terem o merecido destaque, fica claro o quão incrível teria sido ver nas telonas um pouco mais das habilidades de cada um.
E sobre o Mentor da equipe, podemos dizer que agora ele virou um personagem extremamente arrogante e não transmite mais aquele sentimento acolhedor e de liderança que vimos anteriormente. Essa mudança de personalidade serve para criar um clima de tensão e desencadear a trama toda do filme, mas no fim das contas não passa de uma solução preguiçosa do roteiro.
Desta vez os vilões são os D’Bari, uma raça alienígena que percorre o universo em busca do poder da Fênix Negra. Os personagens inexpressivos podem assumir a forma de um humano, e essa combinação resulta em uma especie de “Guerra Mundial Z”, onde temos “seres humanos” realizando proezas acrobáticas sem medo de serem atingidos.
O roteiro perde boa parte do tempo dramatizando a relação entre Jean, Xavier e Magneto, e quando a solução é encontrada, tudo se desenrola tão rapidamente, que é difícil entender o motivo daquele dramalhão todo. X-Men: Fênix Negra acaba deixando um gostinho desagradável para os fãs da franquia, e com a venda da FOX é certo que não teremos a chance de ver a redenção dos mutantes tão cedo nas telonas.
É divertido, mas nada além disso. Infelizmente não será desta vez que o público verá um filme dos mutantes como eles merecem.
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