Em Projeto Gemini, Henry Brogan (Will Smith) é um assassino de elite que se torna o alvo de um agente misterioso que aparentemente pode prever todos os seus movimentos. Ele logo descobre que o homem que está tentando matá-lo é uma versão mais jovem, rápida e clonada de si mesmo.
Logo de cara o que você deve estar se perguntando é se a versão jovem do Will Smith não ficou “tosca” como normalmente acontece quando tentam rejuvenescer alguém nos cinemas, mas a resposta é: Não! O diretor Ang Lee conseguiu clonar Will Smith de uma maneira bizarramente realista, obviamente em alguns momentos é visível que se trata de CGI, mas na grande maioria do tempo é impossível não se impressionar. As expressões, o gestual e todos os mínimos detalhes foram muito bem planejados, e o resultam em uma fidedignidade de encher os olhos.
Falando em encher os olhos, Ang Lee como sempre inovou e trouxe aos cinemas uma nova tecnologia de exibição chamada de 3D+, que nada mais é que uma projeção em 60 quadros por segundo, mais que o dobro da taxa tradicionalmente utilizada no cinema (24), deixando o visual ainda mais rico e os efeitos 3D com um nível de profundidade espetacular. Ao sair da sessão fiquei me questionando se agora os populares 24 quadros por segundo serão suficientes daqui pra frente.
Como de costume Will Smith transborda carisma, e apesar de ser um personagem sério, é impossível não se apegar. Agora você imagina Will em dobro! Com certeza Projeto Gemini vai levar os fãs do ator ao êxtase. E não para por ai, a queridíssima Mary Elizabeth Winstead como sempre é extremamente cativante e funciona muito bem ao lado de Smith. Completando o elenco principal também temos Benedict Wong que é outra escolha acertada!
As cenas de ação são magnificamente bem planejadas, com perseguições alucinantes e lutas de tirar o fôlego, estas muito bem coreografadas em sequências sem muitos cortes, o que deixa tudo ainda mais espetacular. E vá preparado para ver Will Smith dando uma surra no outro Will Smith e ainda acreditar que aquilo é real.
Caso você já tenha jogado algum game da série Splinter Cell, especialmente o Blacklist, certamente irá notar as muitas semelhanças, e eu ainda arriscaria dizer que o longa pode ter se inspirado muito no game. E isso não é um ponto negativo, pelo contrário, era um sonho ver Sam Fischer nos cinemas e Projeto Gemini é quase isso. Prepare-se para viajar por vários países ao redor do globo em uma missão de vida ou morte.
Apesar de o visual ser arrebatador, o roteiro não é lá muito inovador. É divertido sim, e admito que alguns momentos me pegaram de surpresa, mas a trama condutora é um clichê clássico, mas felizmente todo o restante da obra consegue compensar esse ponto.
O vilão da trama interpretado por Clive Owen é clichê e suas motivações são um tanto questionáveis, mas é inegável que a forma como tudo se desenrola torna este detalhe irrelevante e certamente não irá influenciar na sua experiência ao ver o filme.
Os 60 quadros por segundo idealizados pelo diretor Ang Lee são fundamentais para que a experiência de ver nos cinemas seja especial. Sâo muito os momentos nos quais vemos o real potencial desta tecnologia que pode fazer com que o bom e velho 3D não seja abandonado. As cenas com Slow Motion são sem dúvidas umas das coisas mais bonitas já vistas em um filme com projeção em três dimensões.
O longa mistura um clima de James Bond com Missão Impossível, então se você curte esse tipo de filme, pode comprar o ingresso sem medo! Aliás, se na sua cidade estiver rolando a exibição com a tecnologia 3D+, não pense duas vezes!
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