A nova animação da Paramount, O Parque dos Sonhos, conta a história da jovem sonhadora June, que encontra escondido na floresta um parque de diversões, recheado de brinquedos extraordinários e animais falantes. O único problema é que o parque está prestes a ser destruído por uma força maligna.
A trama da animação começa de maneira segura, aprofundando os personagens para que um futuro conflito tenha mais impacto. Inicialmente vemos a linda relação de June com sua mãe, que juntas começam a construir uma maquete gigantesca do intitulado “Parque dos Sonhos”, mas logo esta relação é bruscamente abalada por uma doença que motiva o afastamento entre mãe e filha.
De maneira implícita podemos notar que a doença da mãe é na verdade um câncer que força uma viagem para um tratamento experimental em algum local distante não citado. Mas este problema é apresentado de maneira tão delicada que certamente vai impactar até as crianças, não necessariamente pela doença implícita, mas sim pela quebra do elo gigantesco que existe entre mãe e filha.
A jovem protagonista então desiste do seu sonho e acaba amadurecendo rápido de mais, projetando em si mesma atitudes maternas para suprir a ausência da matriarca da casa. Neste ponto o pai se vê obrigado a mandar June para um acampamento de férias, com a intenção de que a filha recupere seu “espirito infantil” e volte a curtir a vida.
Em seguida algumas rápidas reviravoltas da história colocam a menina dentro do parque dos sonhos que ela havia criado com sua mãe. E este é o pulo do gato da animação, que através dos animais falantes que cuidam do parque, consegue motivar a protagonista a erguer a cabeça e seguir em frente, que a motivação para tal atitude depende somente dela.
O visual da produção é extremamente colorido mas sem exageros. Os detalhes foram muito bem trabalhados, desde os cabelos muito detalhados até a movimentação fluída dos personagens que certamente vão encher os olhos dos adultos e deixar as crianças vidradas.
Mas nem tudo são maravilhas, apesar de que a produção agradará as crianças pelo visual e os personagens carismáticos, a trama que introduz um plano de fundo mais dramático no início, acaba perdendo a coragem e resolvendo de uma maneira clichê o drama principal, tirando todo o impacto que poderia causar também nos adultos.
O Parque dos Sonhos é uma das mais belas animações lançadas nos últimos anos. A trama se inicia de maneira consistente mas acaba sendo finalizada de forma superficial e clichê. Vale o ingresso e certamente as crianças vão a loucura.
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