Mais de duas décadas após os eventos de “O Julgamento Final”, Sarah Connor (Linda Hamilton) precisa proteger uma jovem chamada Dani Ramos (Natalia Reyes) e seus amigos de um Exterminador (Gabriel Luna) enviado do futuro para aniquilá-los. Na sexta aventura da saga Exterminador do Futuro, além do retorno de Hamilton, Arnold Schwarzenegger também interpreta novamente o papel icônico de T-800. Além disso esse novo capítulo, simplesmente ignora os três últimos filmes lançados, colocando-se como uma sequência direta de O Julgamento Final, lançado em 1991.
A história se incia pouco tempo após os acontecimentos do segundo filme da franquia, e apesar de parecer nova, acaba por reciclar uma trama já conhecida do grande público. Mas diferente dos capítulos anteriores, o velho T-800 não tem mais tanta importância e abre espaço para um protagonismo mais “Girl Power”, que, encabeçado pela Sarah Connor original, funciona muito bem!
É ótimo finalmente ver nos cinemas um filme que segue o mesmo molde dos originais, sem tentar revolucionar algo que já foi estabelecido e funcionou muito bem. Bem ao melhor estilo oitentista, as perseguições e sequências de luta estão alucinantes e com certeza vão te deixar colado na cadeira do cinema durante as mais de duas horas de duração do filme. Sabe aquele sentimento agoniante de ver os personagens fugindo de um robô imparável? É exatamente isso que Destino Sombrio conseguiu resgatar, e se você é fã da franquia, certamente sairá satisfeito da sala de cinema.
Linda Hamilton retorna como a clássica Sarah Connor e sem sombra de dúvidas este retorno foi uma das decisões mais acertadas. A atriz manda muto bem e mostra que mesmo 28 anos depois, ainda consegue enfrentar muito robô assassino sem perder o pique. Schwarzenegger também está de volta, mas convenhamos que seu retorno era meio óbvio, visto que o ator nunca se afastou da franquia, nem mesmo nos capítulos de menor sucesso. Mesmo sendo icônico o retorno do T-800, desta vez ele é um dos pontos mais fracos da produção, e poderia ter facilmente sua participação cortada, sem muito impacto no resultado final.
Mackenzie Davis é a nova ciborgue salvadora, e olha, ela é sensacional! A personagem consegue cativar já nos primeiros minutos em cena, além de que as cenas de luta são incríveis. Claro, boa parte daquilo é CGI, mas sem uma boa intérprete não adianta de nada. O vilão interpretado por Gabriel Luna é, apesar de destrutivo e perturbador, estranhamente carismático. E por último, mas não menos importante, temos Natalia Reyes, que dá um show no papel da protagonista Dani Ramos, e passa longe de ser a mocinha indefesa que mais atrapalha do que ajuda.
O visual da produção está de parabéns! O diretor Tim Miller conseguiu replicar o mesmo estilo e preferências visual idealizados por James Cameron. Obviamente com a tecnologia atual, tudo é muito melhor trabalhado, mas é visível que a essência do projeto original foi mantida, o que deixa tudo ainda melhor. Não se engane achando que tudo será hiper realista, pois em alguns momentos tudo é tão bizarramente exagerado que pode causar estranhezas, mas afinal, não são esses exageros e coisas absurdas que tornam este tipo de filme ainda mais divertido?!
O longa está recheado de referências aos filmes anteriores, seja uma pequena fala ou a movimentação característica de algum personagem, então se você é fã, certamente vai captar todas elas facilmente. Infelizmente não irei citá-las para não estragar a sua experiência, mas fique atento pois elas são uma das coisas mais divertidas deste novo capítulo. A nostalgia bate forte!
Por fim O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio se posiciona como o terceiro filme da franquia e desconsidera todos os outros lançados após 1991. Talvez soe como uma escolha arrogante, mas certamente ele cumpre o que se propôs e consegue se a sequência digna que os fãs tanto almejavam. Sem dúvidas vale o ingresso!
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