Não Olhe conta a história de uma jovem solitária que não encontra suporte familiar e nem amigos para que possa desabafar sobre os problemas de sua vida. Cansada, ela começa a conversar com o próprio reflexo no espelho, mas logo descobre que essa “nova amizade” pode ser um força maligna.
Maria então começa a conversar com seu próprio reflexo no espelho, o que começa a levantar algumas dúvidas na cabeça do espectador, se este reflexo seria o espirito de uma irmã gêmea que morreu no parto, ou a projeção de suas vontades reprimidas.
O diretor Israelense Assaf Bernstein consegue criar um clima de tensão em cima desta dúvida, e envolve o espectador desde os primeiros minutos. Os cenários preenchidos com paletas extremamente claras, até mesmo os personagens apresentam uma palidez bem ao estilo Crepúsculo, fazem com que o sentimento de solidão e vazio seja ainda maior.
A atuação de India Eisley é um dos pontos altos da produção, no momento em que a protagonista começa a executar seu desejo de vingança, é impossível não sentir empatia e torcer por ela, mesmo que não esteja indo pelo melhor caminho. O problema é que o roteiro perde o sentido com o desenrolar desta vingança e aquilo que estava se encaminhando muito bem, vira uma bagunça confusa e forçada.
Os personagens secundários que até a metade da trama eram importantes para a condução da história, são simplesmente esquecidos e morrem de maneiras mais bizarras e exageradas possíveis, dando a impressão que o roteirista cansou e simplesmente resolveu encerrar a história.
Pra piorar a situação, o desfecho passa longe de ser o ideal, e ao invés de esclarecer ás dúvidas do espectador, simplesmente levanta outras e deixa tudo em aberto. Isto decepciona, visto que tudo se encaminha para uma conclusão impactante, mas só consegue entregar algo confuso. Obviamente, a produção é passível de várias interpretações, o problema é que temos que usar e abusar da imaginação para que elas sejam aceitáveis.
Não Olhe tinha a formula perfeita para ser, apesar de clichê, um ótimo suspense, mas acaba se perdendo em meio à um roteiro confuso e uma conclusão forçada.
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