O comediante Paulo Gustavo sem dúvidas é um dos comandantes da comédia nacional, e já virou rotina seus filmes serem lançados no fim do ano e sempre conquistarem os primeiros lugares de bilheteria nos cinemas. Com este novo capítulo da franquia, sem dúvidas não será diferente.
Agora Dona Hermínia (Paulo Gustavo) vai ter que se redescobrir e se reinventar porque seus filhos estão formando novas famílias. Essa supermãe vai ter que segurar a emoção para lidar com um novo cenário de vida: Marcelina (Mariana Xavier) está grávida e Juliano (Rodrigo Pandolfo) vai casar. Dona Hermínia está mais ansiosa do que nunca!
A protagonista está mais azeda do que o comum, talvez por conta da idade, mas não de uma maneira ruim. Esse mau humor acaba sendo um dos maiores acertos da produção. Se nos filmes anteriores, apesar de ácidas, as tiradas de Hermínia em sua maioria eram motivadas por algum arranjo dramático, agora não, apesar de ainda existirem alguns arcos narrativos que pendem para o lado emocional, Dona Hermínia é grossa e mau humorada por padrão. É divertidíssimo vermos os barracos rolando desde a feira no Rio até Hollywood.
Como de costume, o maior tempo em tela obviamente é da personagem vivida por Paulo Gustavo, mas o restante do elenco consegue encerrar a história de seus personagens de maneira satisfatória. Marcelina, que antes era usada como motivo para torrar a paciência da mãe, agora tem sua própria família e descobre que nem tudo são flores.
As atuações seguem o mesmo formato dos dois filmes anteriores, exageradas e caricatas, e isso nunca foi um defeito, visto que a imensa maioria de mães e filhos vão se identificar com o que está sendo mostrado em tela.
Seguindo o padrão das produções do Paulo Gustavo, felizmente não temos aquele humor apelativo e sexualizado, todas as situações são desenvolvidas, apesar de maneira exagerada, a partir de situações rotineiras, o que deixa tudo ainda mais gostoso de se ver.
Em um determinado momento da produção, existe a possibilidade de discutir sobre homofobia e outros assuntos mais densos, mas a produção apenas dá uma pincelada superficial e acaba perdendo a chance de deixar um recado para o grande público.
Outo momento meio desconexo da produção, foi um número musical que acaba quebrando totalmente o ritmo e o clima apresentado até então. O momento é bonitinho, mas facilmente descartável, visto que acaba não agregando nada substancial à trama.
Minha Mãe é uma Peça 3 sem dúvidas é o melhor filme da franquia, e se comumente as sequências perdem a qualidade, Paulo Gustavo descobriu algum segredo, pois esta está incrivelmente acima do nível, e vai arrancar muitas gargalhadas do público.
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