Na sequência do sucesso mundial de “Godzilla” e “Kong: A Ilha da Caveira”, chega o próximo capítulo do MonsterVerse da Warner Bros. Pictures e da Legendary Pictures para os cinemas: Godzilla II: Rei dos Monstros, uma aventura de ação épica que coloca Godzilla contra alguns dos monstros mais conhecidos da história da cultura popular.
O problema é que com esta grande quantidade de monstros surgindo ao redor do planeta, o “personagem” titular acaba sendo ofuscado e perdendo espaço em cena para seus colegas. Logicamente Godzilla ainda tem seus momentos, mas sem o mesmo destaque que teve em 2014.
O elenco “humano” é liderado por Kyle Chandler, Vera Farmiga e Millie Bobby Brown, mas a grande falha aqui é que, por conta da trama extremamente rasa e clichê, eles acabam se limitando a fazer caras e bocas para a destruição causada pelos monstrengos. Sabe aquele filme de sessão da tarde onde um pai perde o filho em meio à uma catástrofe e passa o filme em busca dele? É basicamente isso que vemos em Godzilla II.
Os personagens não conseguem cativar e infelizmente não têm tempo o suficiente para se tornarem carismáticos ao olhar do espectador, obviamente a culpa não é dos atores mas sim do roteiro que acaba limitando suas atuações, mas de qualquer maneira o trio protagonista é extremamente subaproveitado e fica claro que nomes como Vera Farmiga e Millie Bobby Brown foram escolhidos para ajudar a alavancar o marketing do filme.
Se o roteiro desaponta, a parte visual da produção tenta abafar o caso. É impressionante a qualidade dos efeitos visuais aplicados aqui, o que torna impossível não ficar de boca aberta com os seres megalomaníacos saindo na porrada e pisando nos pequenos e insignificantes seres humanos bem ao estilo Power Rangers. Inegavelmente a produção acerta em cheio nesse ponto e apesar de ser uma releitura de monstros já apresentados pelos clássicos japoneses, o visual deles é surreal e consegue diferenciá-los muito bem, fugindo daquele problema que ocorre na franquia Transformers, onde sabemos que existem dois seres lutando mas não é possível diferenciá-los.
Godzilla II: Rei dos Monstros é um prato cheio para aqueles que não ligam muito para a história e só querem ver “o circo pegar fogo”. Com um visual estonteante e monstros impiedosos, o filme consegue divertir e impressionar visualmente, e suas mais de duas horas de duração são extremamente divertidas. Mas infelizmente ao sair da sala de cinema, duvido muito que o filme permaneça por muito tempo em suas lembranças. O que realmente fica é a curiosidade para saber o que os roteiristas vão inventar para conseguir colocar Godzilla cara a cara com Kong no ano que vem.
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