Quando se trata de RPG a impressão que temos é que somente nerds de carteirinha saibam do que se trata, mas é inegável que quase toda pessoa já tenha ouvido falar de Dungeons & Dragons ou Caverna do Dragão, animação inspirada no jogo e que fez o maior sucesso no Brasil. E apostando na popularidade do jogo é que chega aos cinemas Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes, longa que aposta no carisma de seus protagonistas para agradar fãs de todas as idades.
O longa traz Chris Pine como Edgin, o Bardo e líder do grupo de aventureiros, Michelle Rodriguez como Holga como a guerreira do grupo, Justice Smith como o mago Simon e Sophia Lillis como Doric, uma druída protetora da natureza com poderes de metamorfose.
Some a isso um excêntrico um Xenk Yendar interpretado por Regé-Jean Page e um hilário Hugh Grant como Forge, um ladrão astuto e você terá um grupo completamente disfuncional em uma missão suicida que envolverá magia, traição e muita diversão, onde no final alguém terá que abrir mão de algo em troca de um bem maior. Soa clichê? Ao extremo, mas acredite: funciona e muito!
Se existe algo que a fantasia permite nos cinemas é não impor limites a criatividade e aos absurdos que um longa como este merece. Esse desconhecimento de limites permite a apresentação de personagens e situações que beiram o absurdo, caso de dois personagens que dão as caras no filme (sendo que um deles arrancou risos dos jornalistas presentes na cabine de imprensa, devido ao ator que o traz a vida).
Não há em Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes o desejo de ser grandioso como O Senhor dos Anéis e tampouco a ânsia de criar uma história adulta e repleta de complicações políticas como Game of Thrones, apenas a boa e divertida aventura tão característica dos encontros de amigos em volta de uma mesa com bardos, guerreiros, magos, halflings e toda a fantasia que entretém gerações há décadas.
E essa simplicidade para contar uma história em meio ao grande leque de absurdos fantasiosos disponíveis se torna o grande acerto da dupla de diretores John Francis Daley e Jonathan Goldstein.
Ao apostar no simples e trazer a essência e diversão da mesa de RPG para a tela, sem se preocupar com o mal que assombra filmes de grandes franquias atualmente que é a necessidade de incluir subtramas e personagens que possam futuramente ampliar este universo através de filmes e/ou séries derivadas, os diretores conseguem entregar uma história redonda com início, meio e fim completamente satisfatórios.
E eu sei que vocês devem estar se perguntando: e os personagens da Caverna do Dragão, terão futuro nesse universo? Como diria o Mestre dos Magos: “Todas as coisas são possíveis para os que têm o coração livre da maldade.”
Mesmo com antagonistas genéricos, o filme é uma divertida aventura que ao final da sessão terá conquistado novos fãs e colocará um sorriso no rosto dos fãs mais antigos do jogo, apagando o gosto amargo deixado pelo filme lançado em 2000.
Dragons & Dungeons: Honra Entre Rebeldes é um filme divertido, inteligente e promissor para se tornar uma franquia bem-sucedida.
Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes
Baseado no famoso jogo Dungeons & Dragons de Role Playing game (RPG), o filme contará a história de um ex-harpista e sua parceira, uma humana bárbara, que após fugirem da prisão se juntam ao um mago sem talento e uma druida novata para roubar o trapaceiro responsável por colocar o harpista atrás das grades. Ele, agora chamado de Senhor de Neverwinter, tem como seu aliado um poderoso Mago Vermelho.
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