Quando um terceiro filme do Mercenário Tagarela foi anunciado, agora como parte do MCU, a internet surtou. Mas todos ficaram verdadeiramente extasiados quando Ryan Reynolds confirmou Hugh Jackman no filme, para a tão esperada aventura da dupla Deadpool e Wolverine. E é essa aventura que chegou aos cinemas brasileiros nessa quarta (24).
Se antes teorizavam como isso poderia apresentar os mutantes ao MCU, logo a discussão tomou ares multiversais com a confirmação de que o filme traria de volta personagens dos antigos filmes de personagens da Marvel produzidos pela Fox. Filmes que em tempos mais simples foram duramente criticados deixaram de ser “tão ruins” em prol de um filme multiversal com muito sangue, piadinhas e quebra da quarta parede.
Como os trailers do filme mostram, Deadpool precisa salvar seu mundo, a sua linha do tempo e para isso precisará da ajuda de Logan, que como se sabe, está morto. Isso obrigará Wade a realizar viagens pelo multiverso em busca da ajuda de um Wolverine.
O roteiro, escrito por Rhett Reese e Paul Wernick, mantém o mesmíssimo tom dos filmes anteriores do personagem, abusando das referências à cultura pop e tentando simplificar para o público que não assistiu Loki, o que se trata o vazio e como os personagens vão parar lá.
Como esperado, a interação entre Ryan Reynolds e Hugh Jackman é o ponto alto do filme. A dinâmica entre humor irreverente e temperamento sombrio trazem a Deadpool e Wolverine uma combinação que tem seus altos e baixos, garantindo risadas em alguns momentos e quebrando o ritmo em outros.
Embora algumas participações especiais tenham mais tempo de tela do que o esperado, não é tempo necessário para terem suas subtramas exploradas, o que até era esperado. Mas o mesmo não deveria ser aplicado à Cassandra Nova, tendo em vista se tratar da antagonista do filme e irmã de ninguém menos do que Charles Xavier, um erro que a transforma numa vilã descartável como tantos outros do MCU.
Uma das grandes preocupações dos fãs ultimamente têm sido a qualidade do CGI, tão criticado em filmes como Viúva Negra, Thor: Amor e Trovão, entre outros. Em Deadpool e Wolverine, essa é uma questão que não deve incomodar os fãs, embora não exista também nada visualmente grandioso que demandasse tal atenção.
Mas o que esperar de Deadpool e Wolverine?
Não é como se pudéssemos esperar algo muito complexo de um filme estrelado por Deadpool, mas o fato é que ao tirarmos as piadas e sangue excessivo, pouco sobra para se aproveitar do filme, e são nesses momentos que o filme tira sarro de si mesmo para que ao final, o fã possa dizer que era esse o propósito.
Embora tenha prometido mudar a hierarquia de poder dentro do MCU, a verdade é que o longa reaproveita fórmulas levadas à exaustão para entregar 2 horas de um misto de MCU e celebração aos filmes da Fox, evocando uma nostalgia agridoce ao pensar que tudo poderia ser melhor trabalhado.
Deadpool e Wolverine é a prova de que nem sempre o fanservice é suficiente para sustentar um filme, ainda mais quando os créditos são suficientes para mostrar que mesmo em meio aos erros, é possível encontrar ótimos e emocionantes momentos em filmes de heróis.
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