Hoje o universo dos quadrinhos nos cinemas resume-se a Marvel e DC, com pouco espaço para outros heróis. Bloodshot é a nova aposta da Sony Pictures (detentora dos direitos do Homem-Aranha) para tentar quebrar a hegemonia das duas gigantes e tentar apostar em uma nova franquia além do Universo Marvel.
A história de Bloodshot
No longa, Vin Diesel (Velozes e Furiosos) interpreta Ray Garrison, um soldado morto em combate que recebe uma segunda chance ao ser trazido de volta à vida pela corporação RST. Para que isso aconteça, é necessário que a corporação utilize nanotecnologia, permitindo que Ray cure-se mais rápido e tenha força sobre-humana, mas como nada é feito por acaso, a tecnologia permite que a RST controle também a mente de Ray, transformando-o numa arma em potencial.
Dominic Toretto com poderes?
Fica claro que a Sony investiu no carisma de Vin Diesel para dar início a esse universo de filmes da Valiant Comics, mas esse é também o grande problema do longa. A todo instante fica a impressão que veremos a entrada triunfal dos personagens de Tyrese Gibson, Michelle Rodriguez ou Jordana Brewster com suas piadinhas e carros modificados. Diesel entrega um personagem que não se difere em nada de Dominic Toretto.
É evidente que o longa tenta puxar os fãs da franquia automobilística, até mesmo algumas tomadas de imagem lembram e MUITO algumas cenas clássicas da franquia criada por Vin Diesel no início dos anos 2000.
Nem tudo está perdido
Mas Bloodshot surpreende positivamente também, o roteiro de Eric Heisserer e Jeff Wadlow cria reviravoltas dignas dos melhores filmes de super-heróis, colocando Ray Garrison em situações que não serão resolvidas com socos e pontapés.
Outro acerto do longa é a sua duração de pouco mais de uma hora e meia, é o tempo ideal para contar uma história de origem num filme com ação desenfreada sem deixar que o espectador se canse com o filme.
Os efeitos especiais do longa funcionam como um personagem da história, enquanto alguns longas tentam mascarar deficiências do roteiro com efeitos especiais, em Bloodshot esse artifício é essencial para o desenvolvimento do personagem principal. Afinal, com as habilidades adquiridas pelo herói, ver seu rosto em pedaços se reconstruindo enquanto o personagem avança em sua missão é uma das melhores coisas entregues, e, novamente, tudo é entregue na medida certa para que o espectador não se canse com o uso desse artifício.
Por fim, a direção de Dave Wilson é certeira ao utilizar-se de todos os clichês possíveis de filmes de super-heróis sem que isso se torne cansativo, enjoativo e repetitivo, transformando um filme que tinha tudo para ser uma bomba num bom filme de ação e que tem tudo para ser apenas o pontapé de um novo universo de super-heróis.
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