Quando o primeiro Bad Boys estreou em 1995, Will Smith e Martin Lawrence estavam subindo os primeiros degraus da fama em Hollywood. O filme caiu no gosto do público mas demorou oito anos para ganhar uma sequência. Vinte e cinco anos após o início da franquia, Bad Boys para Sempre chega para provar que assim como seus protagonistas, a franquia envelheceu muito bem.
Os longas hollywoodianos com “duplas de policiais” que mesclam ação e comédia sempre fizeram sucesso, Máquina Mortífera, A Hora do Rush, Tiras em Apuros e até mesmo As Branquelas apostam no carisma de seus protagonistas para se tornarem de certa forma, inesquecíveis.
O longa começa a 100 por hora numa divertida cena de “perseguição”, mostrando desde o início o contraste entre os parceiros. Enquanto Mike (Will Smith) continua vivendo a toda velocidade, Marcus (Martin Lawrence) sossegou e só quer curtir o neto e a família. Porém, um atentado colocará a vida e a amizade dos policiais em risco, levantando-os a revirarem o passado e descobrir quem está por trás disso tudo.
Humor e novos rostos
O humor de Bad Boys está ainda melhor. Num primeiro momento é de se estranhar o paralelo que o filme traça com as novelas mexicanas, mas a forma como tudo é inserido soa de maneira natural e aproveita o máximo do talento de Martin Lawrence para a comédia. Curioso como as fantasiosas histórias de novelas acabam de certa forma tomando conta da trama central do longa.
Mas nem só de Will Smith e Martin Lawrence vive Bad Boys, o longa tem as bem-vindas adições de Paola Núñez, Vanessa Hudgens, Alexander Ludwig e Charles Melton como o tecnológico esquadrão de apoio dos veteranos policiais. O contraste de gerações gera divertidas situações e faz muito bem para a franquia, afinal, bater em bandidos para conseguir informações poderia soar natural há trinta anos, quando a tecnologia não estava tão avançada para auxiliar no combate ao crime.
Mas entre os atores novatos, o destaque vai para Jacob Scipio no papel de Armando, o antagonista do longa, tão brutal, visceral e enérgico quanto Mike no início da franquia. Curioso notar que em menos de um ano, Will Smith tenha enfrentado versões mais jovens de si nos cinemas (Projeto Gemini foi o outro longa com situação parecida), a diferença é que aqui há um vínculo mais verossímil entre os personagens, restando ao público comprar esse relacionamento para definir o futuro da franquia nos cinemas.
Na direção sai Michael Bay e entram Bilall Fallah e Adil El Arbi. Percebe-se que os belgas de apenas 34 e 31 anos estão a vontade na direção de Bad Boys para Sempre, as cenas de ação inovam e sabem mesclar a adrenalina que o longa requer com o humor característico da franquia, e o melhor de tudo, as cenas de ação são de fácil entendimento; um dos problemas da direção de Michael Bay, que entrega muitas explosões mas deixa o espectador confuso com o que está acontecendo em tela. A dupla vai além ao inserir de maneira nada piegas algumas cenas mais pesadas e até emocionantes, dando ainda mais peso a amizade dos protagonistas.
Uma vez Bad Boy, Bad Boys para Sempre
Bad Boys para Sempre cumpre à risca a cartilha do filme policial de comédia. Ver Will Smith e Martin Lawrence atuando juntos é acreditar que eles realmente passaram 25 anos combatendo o crime diariamente lado a lado. As novas situações que o longa traz para a vida dos personagens são extremamente positivas e permitem que a franquia seja explorada por mais alguns anos, porém, com alguns bad boys a mais na equipe.
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