A Sereia: Lago dos Mortos é um filme russo dirigido por Svyatoslav Podgaevskiy, que também foi responsável pelo terror A Noiva, e conta a história de Roman, um jovem atleta que após mergulhar em um lago de uma antiga casa, começa a ser atormentado por uma figura diabólica que pretende levar tudo que ele mais ama: sua noiva Marina.
(Divulgação / Paris Filmes)
Já pela sinopse podemos dizer que a produção não pretende entregar uma trama muito inovadora. E isto fica evidente logo nos créditos de abertura, onde uma voz narra a lenda da “Sereia”, de modo que estas informações sirvam para tapar os buracos do roteiro. Tudo bem, várias produções usam este mesmo artificio para criar um clima tenso e sombrio, o problema é que desta vez, fica claro que este monólogo inicial foi idealizado após perceberem que o filme não conseguiria transmitir o que pretendia.
Todos os personagens, passam longe de serem carismáticos e acabam sendo sufocados com o excesso de diálogos expositivos, onde em uma cena declamam em voz alta o que vai ser a solução do problema na cena seguinte. Este excesso acaba quebrando qualquer clima de tensão que pudesse surgir, trazendo a tona o tédio e a confusão que é o roteiro.
(Divulgação / Paris Filmes)
Durante os 90 minutos de filme, todas as transições de cena servem para que, de maneira mágica, os personagens descubram a solução dos seus problemas. O ponto é que é tudo tão corrido, que não existe espaço para uma evolução dos personagens, todos são superficiais e não conseguem nem mesmo fingir que estão com medo. Chega a ser cômico vermos a mocinha em frente ao monstro e fazendo cara de que está constipada.
As motivações dos personagens também são um tanto quanto questionáveis. Basta receber uma casa de herança que os amigos resolver ir conhecê-la no meio da noite, ou que um simples acontecimento sem explicações os leve para uma caça às bruxas. Nada faz sentido!
Roteiro é uma coisa muito importante em qualquer produção cinematográfica, mas neste caso chego a duvidar que ele exista. Tudo se desenrola de maneira tão corrida e improvisada que fica difícil acreditar que a trama tenha sido roteirizada. O tempo todo o diretor tenta criar uma atmosfera tensa para então apresentar os famosos jump scares, mas nem isso funciona. Tudo é exageradamente previsível e clichê.
(Divulgação / Paris Filmes)
A fotografia da produção não é das piores, mas infelizmente sozinha não consegue salvar o filme. Mesmo com jogadas de luz bem pensadas e cenários sinistros, o filme pende sempre para o lado cômico ao invés do horror.
Sem dúvidas é um dos piores filmes do gênero dos últimos anos. Tão fraco que chega a parecer um trabalho escolar mal executado. Se a sua intenção é levar sustos e ficar tenso, posso te afirmar que A Sereia: Lago dos Mortos não vai nem chegar perto de te satisfazer.
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