A Possessão de Mary acompanha uma família que está navegando em águas isoladas quando descobre que o navio que eles compraram guarda segredos terríveis. Eventos aterrorizantes começam a assombrá-los, fazendo cada um deles questionar a própria sanidade.

Gary Oldman, sendo o nome mais conhecido em meio ao elenco da produção, pode servir como uma isca para os mais desavisados, pois o seu personagem acaba servindo somente para criar situações exageradamente dramáticas, com dramas familiares chatos e forçados.

O filme alterna entre momentos de um interrogatório e flashbacks dos acontecimentos sobrenaturais que a família enfrentou, bem ao estilo de O Exorcismo de Emily Rose, o problema é que a possessão de Mary parece ter sido produzido pelas “Organizações Tabajara” devido a tantos exageros e sequências galhofas.

A entidade que deveria assustar acaba arrancando risos do espectadores, já que parece ter saído diretamente de uma pegadinha do programa Silvio Santos. Aliás, suas aparições são todas pautadas em Jump Scares exagerados e previsíveis. Nem mesmo os mocinhos da trama conseguem transparecer o real desespero que deveriam, afinal, se você está em um barco no meio do oceano com uma entidade, o mínimo que esperamos são momentos de tensão.

Além de um roteiro extremamente fraco e incoerente, a produção sofre com o exagero de corte e sequências desnecessárias. São muitas as sequências fatiadas bem ao estilo Busca Implacável 3, e dentre todos esses cortes os ângulos inclinados das imagens só servem para causar confusão e tontura nos pobres coitados que encararam o filme.

Sem dúvidas a maior dificuldade da produção é conseguir criar uma atmosfera de tensão, mesmo com uma premissa que, na teoria, deveria ser maravilhosa. em todos os momentos em que um clima mais pesado começa a se instaurar, surge uma assombração mal feita e caricata pra levar tudo por água abaixo.

Se você espera ir ao cinema para sair com as pernas moles de tanto medo, este filme não para você! No máximo você sairá com a barriga doendo de tanta risada e vergonha alheia. A Possessão de Mary tinha a faca e o queijo na mão, ainda mais com uma premissa inovadora e tensa, o problema é que toda a execução vira uma bagunça e parece muito ter sido para uma pegadinha do SBT.

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