Aos dezesseis anos de idade, Stella Grant (Haley Lu Richardson) é diferente da maior parte dos adolescentes: devido a uma fibrose cística, ela passa muito tempo no hospital, entre tratamentos e acompanhamento médico. Um dia, conhece Will Newman (Cole Sprouse), garoto que sofre da mesma doença que ela. A atração é imediata, porém os dois são obrigados a manter distância um do outro por questões de saúde. Enquanto Stella pensa em quebrar as regras e se aproximar do garoto da sua vida, Will começa a se rebelar contra o sistema e recusar o rigoroso tratamento.
Haley Lu Richardson, como protagonista, é extremamente carismática e consegue cativar o público desde a sua primeira aparição. Haley dá vida à Stella, que transborda força de vontade e empatia. O mesmo não pode ser dito de Cole Sprouse que passa longe disso. Apesar de ser claro que o objetivo do roteiro é entregar um personagem arrogante e revoltado, Sprouse acaba sendo amarrado com um texto raso e nem com o desenrolar da trama consegue cativar. Infelizmente isso pesa muito, se levarmos em consideração que para o filme funcionar, o casal protagonista precisa convencer. Moises Arias também compõe o elenco, na pele do amigo da protagonista, ele consegue ter mais carisma e destaque que o protagonista vivido por Cole Sprouse.
Além da clara urgência motivada pela doença que os protagonistas carregam, o drama se pauta em cima do fato de que eles não podem se tocar, e devem ficar sempre a alguns passos de distância para evitar complicações clínicas. Realmente isso é diferente de outros filmes do gênero, mas não é uma justificativa forte o suficiente para ser considerado uma inovação, é apenas mais um obstaculo no caminho do casal que protagoniza a trama.
É impossível evitar comparações com algum outro filme já lançado, visto que a até a trilha sonora é muito semelhante. Para se ter uma ideia, em um ápice romântico na trama, a musica que se ouve é a “Wait” da banda francesa M83, mesma musica presente em um ápice romântico de A Culpa é das Estrelas, sem dúvidas os admiradores de dramas românticos vão sacar na hora.
O fato do filme ser todo ambientado nos corredores de um hospital, impede que o diretor Justin Baldoni traga algo que fuja dos padrões. Então se prepare para ápices dramáticos, especificamente planejados para arrancar lágrimas dos espectadores e reviravoltas um tanto quanto previsíveis.
Deixe um comentário