Todo mundo conhece a famosa história do naufrágio do Titanic, um dos maiores navios já construídos (o maior da sua época) e uma das tragédias mais comentadas do século XX. Nessa semana, em 15 de abril, o mundo lembra dessa história cercada de lendas e teorias da conspiração, que é muito lembrada também pelo filme de 1997, dirigido por James Cameron, por mais de 10 anos a maior bilheteria da história.

O que pouca gente sabe é que o famigerado Titanic já rendeu dezenas de versões para o cinema. A maioria são documentários ou retratos das histórias reais dos sobreviventes. Os primeiros filmes foram lançados ainda em 1912 (lembrando que na época o cinema era mudo) e traziam relatos de alguns dos pouco mais de 700 sobreviventes.

Há até mesmo um filme da Alemanha nazista, de 1943, representando o naufrágio. Ele mostrava um oficial alemão a bordo como um herói enquanto os britânicos, que construíram o navio, como vilões. Produzido em meio à Segunda Guerra Mundial, esta versão do Titanic servia como propaganda do governo nazista.

Mas foi uma expedição em especial que trouxe à tona as histórias do Titanic para o mundo do entretenimento. Em 1985, pela primeira vez, foram encontrados os destroços do navio no fundo do mar, e a partir daí um sem número de pesquisadores, exploradores, diretores e tantos outros foram produzindo cada vez mais histórias, que rendem até hoje.

A última sobrevivente do desastre morreu em 2009, e hoje restam apenas as histórias contadas e recontadas por tantas vezes. Recentemente se descobriu que o navio está, inclusive, se deteriorando em um ritmo cada vez mais acelerado no fundo do mar, por isso, em breve tudo que restará dele são as imagens documentadas nesses filmes. Vamos conhecer algumas curiosidades sobre o filme de 1997 (o mais famoso deles) e também sobre o navio.

Curiosidades sobre Titanic de 1997

• O filme apresenta diversos personagens reais, mas todo o núcleo de protagonistas é fictício. Por conta disso, as conversas sobre o navio ser supostamente inafundável são apenas reprodução de algumas lendas que cercam a tragédia. Ninguém realmente falava isso na época.
• A música My Heart Will Go On, de Céline Dion, que estava em todo o material promocional do filme, e se tornou sinônimo dele (pergunte pra qualquer um se conhece a “música do Titanic”), não toca em nenhum momento da trama. É tocado apenas um instrumental nos créditos finais. O diretor não queria nenhuma canção com letra durante a história.

  

• James Cameron é fascinado pelo fundo do mar, tanto que foi o primeiro ser humano a chegar sozinho a 11 mil metros de profundidade. As imagens submarinas do navio foram feitas por ele especialmente para o filme.
• As versões cinematográficas anteriores não mostravam o Titanic se partindo ao meio enquanto naufragava, fato que só foi descoberto com a expedição submarina realizada em 1985. Antes disso, o pouco que se sabia do naufrágio era por relatos dos sobreviventes, que provavelmente não perceberam por estar muito escuro naquele momento (e afinal eles estavam lutando pela vida).
• O filme deixa em aberto a existência do personagem Jack. Teria sido ele apenas fruto da imaginação de Rose para superar a tragédia? Cameron inseriu diversos elementos para plantar a dúvida, como o fato de Jack ter subido no navio sem identificação, não ter ficado com Rose na porta que a manteve segura fora da água, e também ter afundado misteriosamente. Tudo isso rende discussão até hoje.
• Gloria Stuart, que interpreta a versão envelhecida de Rose, foi a atriz mais velha indicada ao Oscar justamente pela atuação no filme.

  

• Como já havíamos falado aqui, a mão que desenha o famoso retrato de Rose no filme é de James Cameron. O desenho também. Aliás, Cameron quase não distribuiu os papéis da produção pra ninguém: ele mesmo dirigiu, produziu e roteirizou tudo.
• O filme teve um custo total de US$ 200 milhões de dólares, o que ajustando-se à inflação ficaria em torno de US$ 320 milhões. A construção do navio custou bem menos que isso: US$ 130 milhões.

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