A Editora Madrepérola anunciou o relançamento de RUR: Robôs Universais de Rossum através de financiamento coletivo no Catarse. O livro é conhecido por ser a obra que utilizou a palavra robô. O financiamento coletivo da obra vai permanecer disponível até 17 de dezembro.
Sobre o projeto
A Tchecoslováquia teve um papel importante no sci-fi moderno, Isaac Asimov, um dos principais nomes da literatura, quando jovem, assistiu uma peça que mexeu com sua imaginação, tempos depois, seus livros ganhariam o universo com enredos que desafiavam a evolução das máquinas e a sociedade em um futuro avançado.
Em 1920, mesmo ano do nascimento de Asimov, surgia RUR: Robôs Universais de Rossum. Escrita por Karel Čapek entre duas guerras mundiais e uma gripe espanhola, RUR foi a obra que criou a palavra Robô. Esse termo, anos depois, seria muito bem incorporado à cultura e ao cotidiano que seguiu.
Karel Čapek foi um visionário, assim como Júlio Verne, H. G. Wells e outros autores do gênero que previram acontecimentos e tecnologias que se tornaram reais. No caso de RUR, diversos conceitos são assustadoramente conhecidos por nossa sociedade moderna de 2020. Desde as relações trabalhistas exploradoras, os avanços científicos em busca da criação de formas de vida artificiais, o uso político das massas, o menosprezo pelas diferenças, a corrida armamentista, até o extermínio de todo aquele que não se enquadra num determinado padrão.
Em comemoração aos cem anos da criação dessa obra, em 17 de novembro vai ao ar, pela Editora Madrepérola, o financiamento coletivo para o lançamento de RUR no Brasil. O livro trará a obra original, traduzida diretamente do Tcheco e uma versão em Romance da história. O projeto tem ilustrações assinadas por Vitor Wiedergrün, ilustrador nacional que se aventura em produções cyberpunks brasileiras.
Acesse o projeto na íntegra em www.catarse.me/RUR.
Robôs Universais de Rossum
A humanidade criou os robôs, uma raça sintética, a fim de substituir toda a mão de obra. Pessoas de todo mundo fizeram deles seus criados domésticos. Empresas grandes e pequenas trocaram os trabalhadores por robôs baratos e sem salário. Governos democráticos e tiranos ampliaram seus exércitos com os sintéticos, incansáveis e obedientes maquinários, numa corrida armamentista robótica silenciosa. A Robôs Universais de Rossum, situada na distante ilha de Rossum se tornou a empresa mais lucrativa da história, vendendo bilhões de trabalhadores robôs para todo o planeta.
O sonho de Harry Domin, diretor geral dessa fábrica, aos poucos se torna realidade. O mundo em transição se prepara para o roboticismo, um sistema social baseado no trabalho exclusivo dos sintéticos. Mas o que parecia uma utopia perfeita, de repente, tem seu brilho apagado pelas sombras da revolução. Estimulados por humanos que não aceitam a opressão, os robôs despertam para a própria realidade de trabalhadores escravizados. Assim, os bilhões de sintéticos espalhados por toda parte repentinamente percebem que os humanos são uma ameaça que precisa ser exterminada.
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