Se em 2018 tivemos filmes que foram verdadeiras bombas e figuraram na lista de piores filmes do ano, também tivemos ótimos filmes de diversos estilos para alegrar os cinéfilos de plantão. De cinebiografias a filme de super-herói brasileiro, confira a lista com o melhor do que vimos durante este ano.
O Doutrinador
O cinema nacional teve um ano com produções de terror, comédia, ação, mas desde a retomada do cinema brasileiro, é a primeira vez que vemos adaptações de HQs nacionais sendo adaptadas para o cinema, o que garante a primeira adaptação cinematográfico de um super-herói nacional. Mais do que isso, O Doutrinador pavimenta o caminho para um universo cinematográfico de super-heróis brasileiros no melhor estilo hollywoodiano.
Apesar de pequenos tropeços de roteiro, a história flui bem e o filme se sustenta como um ótimo filme de origem no melhor estilo Batman Begins. O filme ainda conta com uma primorosa fotografia e cenas de ação bem coreografadas. Sem dúvidas, aguardamos pela expansão desse universo cinematográfico com os já anunciados filmes dos Desviantes, Santo e Penélope (que faz uma ponta em O Doutrinador).
Jogador Nº 1
Jogador Nº1 é o filme mais divertido de Spielberg desde o primeiro Jurassic Park e o mais emocionante desde ET. É praticamente um jogo feito para ser visto no cinema na maior tela possível. Cada segundo de tela é um presente para o espectador mais nostálgico, principalmente aqueles que passaram dos 30 anos (obrigado Atari!). O filme ainda é recheado de participações de personagens de outras franquias de filmes, jogos e quadrinhos.
Num ano com Vingadores, Pantera Negra, Aquaman e outros filmes de super-heróis, Jogador Nº 1 destaca-se por ser o filme mais divertido do ano.
Pantera Negra
Pantera Negra pode ser considerado um divisor de águas para a Marvel. O filme de Ryan Coogler (Creed) traz na figura de Killmonger (Michael B. Jordan) o antagonista com uma causa que é comprada pelo grande público, tornando-o relevante e não apenas um meio do super-herói mostrar seus poderes. Cotado até para o Oscar, o filme debate temas sociais de extrema importância como a xenofobia e a apropriação cultural.
Vingadores: Guerra Infinita
Passados dez anos do lançamento de Homem de Ferro e a sensacional cena da “Iniciativa Vingadores”, a Marvel nos entrega aquele que é o seu maior filme, a cereja do bolo para enfim tomar seu lugar de direito ao lado de épicos da cultura pop como Star Wars, O Senhor dos Anéis e a trilogia do Cavaleiro das Trevas. Mais do que isso, Vingadores – Guerra Infinita é o mais grandioso e emocional filme desde o término da franquia de O Senhor dos Anéis no começo dos anos 2000.
O ritmo frenético do filme e a quase onipresença de Thanos o transforma no verdadeiro astro do filme, criando uma aura em torno do personagem que traz para a plateia a sensação de entendimento sobre sua motivação. Ele é um fascista sim, mas a atuação de Josh Brolin faz com que o espectador entenda e incrivelmente compreenda a barbárie que o titã deseja realizar.
Podres de Ricos
A prática do whitewashing tornou-se tão corriqueira em Hollywood que num primeiro momento você poderá pensar que Podres de Ricos (Crazy Rich Asians) é um filme asiático de sucesso que está sendo exibido no ocidente. Podres de Ricos é um conto de fadas cujo final é conhecido desde o início, mas que se utiliza do humor para denunciar o preconceito e xenofobia com maestria e para isso utiliza-se de sucessos musicais no mundo inteiro em versões chinesas, fechando com chave de ouro com “Yellow” do Coldplay, em uma clara alusão a forma como os asiáticos são chamados no Ocidente.
Aquaman
Aquaman é um filme completamente bem resolvido, com bons personagens, uma história fechada e um design absurdamente encantador. Grandioso, eloquente e visualmente fantástico, Aquaman é seguramente o melhor filme baseado em quadrinhos da DC Comics ao lado de Mulher-Maravilha, desde o início da era Zack Snyder.
Ao focar em um filme com uma história fechada, James Wan ainda consegue deixar pontas soltas para produções futuras, mas que permitem criar histórias completamente novas ao invés de reciclar a mesma trama.
Um Lugar Silencioso
Um dos filmes mais comentados durante o ano foi Um Lugar Silencioso, um suspense com apenas 1h30 de tirar o fôlego. A angústia causada pelo silêncio contagia qualquer um que se prenda ao filme a ponto de assustar o espectador com o menor dos ruídos.
O trabalho realizado por John Krasinski (que atua e dirige o filme) remete diretamente à Eu Sou a Lenda, estrelado por Will Smith. Do início da trama, as perdas ao final desolador, tudo remete ao filme dirigido por Francis Lawrence, porém tudo é feito de maneira tão satisfatória que em momento algum você achará que trata-se de uma cópia.
Nasce Uma Estrela
O filme alterna arrepios e lágrimas nos mais sensíveis (meu caso) e a música é o fio condutor das emoções que oscilam entre a história de amor e a luta inglória de quem enfrenta vícios e culpas.
O filme é carregado de emoção, mas nem de perto é clichê. A direção de fotografia é um ponto a se destacar e por muitas vezes a luz parece apoiar a cena como plano de fundo ambientando os astros da história, não somente nos shows. É lindo. A dica é estar acompanhado de pipoca, e lenços.
Bohemian Rhapsody
Bohemian Rhapsody consegue temporizar diversos períodos da vida de Mercury, de seu surgimento à queda e à derradeira ascensão que imortalizou seu nome como um dos maiores artistas da história, porém a obra abre mão de ser algo maior optando por uma fórmula já adotada em outras cinebiografias que encaixam o filme como mais um blockbuster biográfico que é lançado anualmente.
Embora deixe a desejar em alguns pontos, o filme é recorde de bilheteria para uma cinebiografia e serve para que fãs mais novos possam conhecer um pouco mais sobre aquele que é um dos maiores artistas de todos os tempos.
Missão: Impossível – Efeito Fallout
Se em Missão: Impossível – Nação Secreta as cenas de ação eram de tirar o fôlego, em Efeito Fallout isso é potencializado. De Paris a Caxemira, as locações são integrantes essenciais ao filme, seja pela utilização da arquitetura e vielas de Paris ou pela insana perseguição de helicópteros pelas paisagens indianas.
Missão: Impossível – Efeito Fallout é sem sombra de dúvidas o melhor e maior filme de ação do ano, e Ethan Hunt redefine o conceito de ser-humano naquela que é a melhor franquia de ação da atualidade.
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