Jurassic World: Reino Ameaçado chega aos cinemas no dia 14 de junho com a difícil missão de trazer algo novo para a nova série de filmes iniciada em 1993 por Steven Spielberg, ainda mais quando seu filme anterior, Jurassic World foi sucesso de crítica e público, arrecadando mais de US$ 1.6 bilhões.
O filme se inicia com uma sequência tensa e silenciosa, tentando imputar no espectador o perigo de uma nova visita a Ilha Nublar, as vésperas de um colapso ambiental que poderá colocar toda a raça dos dinossauros em extinção novamente.
Passam-se os anos, mas a história se repete: cientes do valor que os animais representam, empresa responsável pela ilha e pelo parque tenta resgatar os animais, mas para isso precisa da ajuda de dois dos ex-funcionários, a antiga gerente operacional Claire Dearing (Bryce Dallas Howard) e do ex-domador Owen Grady (Chris Pratt), único capaz de estabelecer um vínculo com a fêmea velociraptor Blue, espécie de extrema importância para a Lockwood, responsável pela ilha e pelo parque.
Enquanto o enredo de Jurassic Park: O Mundo Perdido se repete nesse núcleo da história, uma subtrama mais interessante se desenvolve na casa e sede da Lockwood, com a relação do criador da Lockwood, Benjamin Lockwood (James Cromwell) e sua neta Maisie (Isabella Sermon), uma trama jogada ao público através de uma fotografia e que seria melhor aproveitada se a história focasse também na conduta ética de humanos capazes de reproduzirem e criarem novas espécies de dinossauros. A forma como essa subtrama é posteriormente explicada pelo antagonista é digna de passar batida aos olhos dos mais desatentos, não acrescentando nada a trama do filme embora tenha potencial de grande importância para o futuro da franquia.
As experiências com filmes anteriores, a história batida e a falta de envolvimento emocional do público com as novas espécies criadas em laboratório (nenhum dinossauro se compara a um T-Rex) fazem com que o filme se torne cansativo até mesmo numa sequência bem feita de esconde-esconde, já vista também em filmes anteriores.
Por fim, alguns poucos questionamentos morais que poderiam se destacar para sustentar o peso de alguns arcos dramáticos do filme foram retratados de maneira muito rasa, destinada a uma participação especial de Jeff Goldblum como Ian Malcolm para nos lembrar que essa espécie estava aqui antes de nós e poderia estar aqui depois também, afinal, o que os homens fariam se pudessem controlar essa espécie? Será que poderiam controlar ou causariam nossa própria extinção?
Jurassic World: Reino Ameaçado é um filme com um início interessante, um segundo ato frenético e um final bagunçado que não mostra as consequências dos atos anteriores e deixa a bomba para uma possível continuação, esta sim ameaçada pelos claros sinais de cansaço que a franquia volta a demonstrar.
Se a intenção do diretor J.A. Bayona era transmitir alguma mensagem em Jurassic World: Reino Ameaçado, é a de que não é o reino animal que está ameaçado, é o nosso, e nem precisamos de dinossauros para isso. Mas isso você já deve ter visto em algum outro filme também.
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