A Netflix lançou nesta semana seu mais novo programa: Jogo da Lava. Esse título remete àquela brincadeira infantil que acabou virando meme na internet e produziu um milhão de vídeos de pessoas pulando de móvel em móvel dentro de casa (e muitas vezes correndo o risco de quebrar alguns ossos). Mesmo assim, parece que uma tradução mais literal do título original teria ficado mais divertida (“Floor is lava” = “O chão é lava”).
Aproveitando essa ideia, a gigante do streaming produziu uma série de programas (no estilo game show) em que pessoas se desafiam a atravessar uma sala sem tocar no chão, que aliás, não existe, porque a arena está cheia de lava. Não é lava de verdade, obviamente, está mais para uma piscina de água vermelha e borbulhante, que de tempos em tempos esguicha nos participantes (e eles juram que é quente mesmo).
A apresentação de Jogo da Lava fica por conta de Rutledge Wood, que parece ter caído de paraquedas na história, porque era um comentarista de automobilismo. Ele não é ruim, mas não chega a ser tão engraçado quanto Nicole Byer, que apresenta a competição culinária da Netflix, que se encaixaria na mesma categoria, Mandou Bem. Ele também não aparece tanto, limitando-se a narrar e comentar alguns acontecimentos, porque os competidores ficam sozinhos na sala, precisando pensar por si mesmos para conseguir chegar ao fim.
As competições são bem interessantes. Com aquele ar de Olimpíadas do Faustão, os cenários são bem diversificados e representam, cada um, um desafio diferente. Nenhuma instrução é dada inicialmente para os competidores (só o espectador conhece de antemão as possibilidades), e não há também um caminho certo a seguir, o objetivo é apenas chegar ao fim da sala. Cada equipe é formada por três pessoas e marca um ponto para cada competidor que chegar ao fim. Em caso de empate, vence a equipe com o menor tempo. Os vencedores levam 10 mil dólares.
Embora todos saibam que ninguém ali está correndo um verdadeiro risco de vida, a atração nunca mostra o que acontece com quem cai na lava, a pessoa afunda e só reaparece no final, quando a equipe comenta o que achou do cenário. O verdadeiro risco está mesmo no pessoal que se joga e leva uns belos escorregões em mesas, cadeiras e outras peças que ficam escorregadias com tanta água, muitos batem algumas partes do corpo de tal forma que podemos jurar que se machucaram de verdade.
E é assim, misturando uma brincadeira infantil com uma competição adulta e divertida que a Netflix acerta na diversificação de seu conteúdo. Ok, Jogo da Lava não é lá memorável, nem nos provoca qualquer emoção diferente de qualquer videocassetada que podemos ver no YouTube, mas é um entretenimento fácil e nos faz desejar do fundo do coração uma edição brasileira para, quem sabe, podermos nos divertir também. Se você estiver cansado de séries e filmes cabeça e quiser só um programa pra dar umas risadas, essa sem dúvida é a atração certa.
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Olaaa gosto muito do chão ê lava vai ter outra temporada
Cecília, não há qualquer informação oficial sobre novos programas, mas está fazendo sucesso e recebendo inúmeros elogios, então é bem provável que venha mais por aí.