“O que fazemos em vida, ecoa pela eternidade”, a frase dita pelo general Maximus Decimus Meridius no clássico Gladiador serve para ilustrar a perda que Peter sofreu em Vingadores: Ultimato e como a sua relação com o ex-bilionário ainda afeta sua vida. A forma como Peter terá que superar a perda de seu mentor e ainda tocar a vida pra frente dão o tom de Homem-Aranha: Longe de Casa, mostrando um jovem que tenta honrar a memória de seu mentor e ainda assim, viver a sua própria vida.
O primeiro ato do filme responde os questionamentos sobre o salto temporal de 5 anos mostrado em Vingadores: Ultimato, mostra Peter (Tom Holland) tentando tocar a vida e conquistar MJ (Zendaya), enquanto May (Marisa Tomei) e Happy (Jon Favreau) “se entendem”.
Se a presença de Stark ainda é sentida a todo instante com as cobranças para que o Homem-Aranha se torne o novo Homem de Ferro, Peter tenta esquecer esse mundo de seres superpoderosos pelo menos por alguns dias para colocar as ideias no lugar e tentar conquistar MJ.
Porém as férias de Peter são interrompidas quando seres elementais gigantes atacam diversas cidades da Europa, e caberá ao herói “aceitar” o pedido de ajuda de Nick Fury (Samuel L. Jackson) para se unir a Mystério (Jake Gyllenhaal) na luta contra esses seres.
O diretor Jon Watts acerta na dosagem de humor e luto vivido por Peter, permitindo que o personagem cresça com seus erros ao longo da trama. O diretor ainda consegue extrair de Tom Holland a sua melhor atuação como Peter Parker, lembrando o Tobey Maguire de Homem-Aranha 2 ao imputar no jovem dúvidas, responsabilidades e o peso de não poder ter feito mais por aquele que era seu mentor.
Jake Gyllenhaal está ótimo como Quentin Beck, ou se preferir, Mystério. O ator sabe impor seu personagem e traz para as telas toda a canastrice dos quadrinhos que sempre marcaram o vilão. Pode-se dizer que o segundo ato é quase que totalmente focado em seu personagem, mostrando de uma maneira muito inteligente como Quentin Beck esteve presente no universo Marvel muito antes de se tornar o Mystério, mostrando mais uma vez como a Marvel pensa em todos os pequenos detalhes de seu universo.
E se o segundo ato mostra as cenas mais “quadrinescas” de um filme da Marvel até hoje com efeitos e situações de tirar o fôlego, a transição para o terceiro ato se dá através de uma solitária e tocante cena entre Peter e Happy, servindo oficialmente como a passagem de bastão para uma nova geração de heróis, permitindo o merecido descanso de Stark, Rogers e companhia.
Homem-Aranha: Longe de Casa se encerra com a forte presença em cena de Tom Holland como aquele que deverá ser o farol no futuro da Marvel, num caminho que o transformará no Homem-Aranha definitivo dos cinemas.
E se as duas cenas pós-créditos podem dizer algo a respeito do futuro do personagem, é que as coisas devem ficar ainda mais difíceis daqui para frente com a introdução daquele personagem pedido por todos os fãs durante anos e uma revelação que pode impactar também o futuro do universo Marvel como um todo.
Descanse em paz Tony Stark, o universo está em ótimas mãos!
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