O painel “A dublagem brasileira no mundo”, com Guilherme Briggs, foi um dos mais esperados da noite deste sábado (1°), no Geek City. No palco principal, o dublador deu voz a personagens famosos como Mickey, Buzz Lightyear e Yoda, compartilhou curiosidades sobre o cenário internacional e emocionou o público com sua história de vida.
“Vocês sabiam que o Corcunda de Notre Dame, dirigido pelo Garcia Jr., foi considerada a melhor versão dublada do mundo? E que a Nova Onda do Imperador teve um impacto muito grande pra dublagem brasileira? Lá fora eles adoraram”, disse Briggs. Ele contou ainda que foi convidado para fazer a voz do Yoda também em espanhol e que ficou espantado quando viu Toy Story pela primeira vez.
“Dublo o Buzz Lightyear desde o primeiro filme e lembro de ver a primeira cena e pensar o que é isso que a Disney fez? É computação gráfica?”, disse. Entre curiosidades, aplausos e perguntas da plateia, Briggs emocionou o público ao falar sobre suas motivações pessoais. “Sempre fui apaixonado pelo meu avô. Com 12 anos, ele me chamou pra morar com ele. Meu padrasto era muito rigoroso e disse que, se eu saísse, não voltava mais. Depois de dois anos, meu avô faleceu de um problema no coração, pedi para voltar para casa e meu padrasto não deixou”, contou.
Morando de favor na casa de um amigo, Briggs decidiu que era hora de se dedicar ainda mais à leitura e ao desenho – o que foi essencial para que o Guilherme artista surgisse. “Nesse momento, com o avô falecido, não podendo voltar pra casa, foi que minha vida mudou. Para não chorar, comecei a ler tanto e desenhar tanto. Tive um trauma muito severo e podia ter escolhido as drogas. Mas o que importa não é o que a vida faz com você. É o que você faz com o que a vida faz com você. Levanta e não desiste, porque sempre tem uma esperança, pode acreditar”, concluiu.
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