Nossa Dica de Filme de hoje não poderia ser outra se não Todo Dia, longa que mostra que o amor é o que importa e ele não “enxerga” cara, raça, gênero ou dinheiro.
No Dia do Orgulho LGBTQIA+ indicamos um romance que quebrou preconceitos desde o seu trailer e mostrou como é importante aceitar os sentimentos e estar aberto ao que ele pode trazer para sua vida, sem medo de ser feliz.
Se você ainda não conhece esta produção, está é a hora.
Sinopse e detalhes
Todo Dia é uma adaptação da obra homônima do autor David Levithan publicada em 2012. O filme, descrito como romance e drama, foi lançado em 2017, sendo considerado uma adaptação muito próxima ao livro.
Você amaria a mesma pessoa se ela trocasse de corpo todos os dias? Na história conhecemos A, uma espécie de consciência que tem o poder incrível de acordar todos os dias em um corpo diferente, independente de gênero, cor ou idade. Sua rotina de constante adaptação, no entanto, ganha ares tristes e renovados quando acorda no corpo de Justin (Justice Smith) e acaba se apaixonando perdidamente pela namorada do garoto, Rhiannon (Angourie Rice). Sentindo uma conexão incomparável, A e Rhiannon passam a enfrentar todo tipo de situação para se encontrarem, cada dia no corpo de alguém diferente. Porém, as coisas começam a se complicar e eles tem que tomar uma difícil decisão.
Com direção de Michael Sucsy, o filme fez sucesso entre os mais jovens, por ter uma linguagem fácil de ser entendida, além de mostrar a realidade de adolescentes nas mais diversas situações.
O roteiro ficou por conta de Jesse Andrews, porém o escritor David Levithan foi consultado e teve participação no processo de adaptação da história para as telonas.
Temas importantes
Como dissemos, o filme fala diretamente com o público mais jovem, abordando questões que permeiam está faixa etária, mas é muito mais profundo do que se imagina.
Pelo fato de apresentar um personagem que tem o “poder” de estar a cada dia no corpo de uma pessoa diferente, vemos como cada um está lidando com questões pessoais e difíceis, por mais que não se deixe mostrar.
Temos o garoto popular na escola, mas que em casa sofre com questões familiares. Temos a garota calada, considerada estranha pelos colegas, mas que está enfrentando a depressão sozinha, com medo de pedir ajuda. Temos o garoto trans, que todos olham torto, mas que finalmente está se libertando.
Enfim, através de vários personagens, vamos tendo assuntos importantes sendo tratados e que devem ser discutidos com os mais jovens. De questões de gênero até saúde mental, tudo está sendo abordado.
Claro que falta um pouco mais de profundidade, pois são assuntos complexos e que merecem mais atenção que, infelizmente, o tempo de tela não conseguiu conferir, pois mostra mais a relação entre os personagens principais. Contudo, é um filme que abriu espaço para estas questões, que mostrou que elas estão ali, permeiam a vida dos mais jovens e devem ser vistas em novas produções.
O amor não tem corpo
Sem dúvidas, uma das grandes mensagens que tanto o livro quanto filme quiseram mostrar, é a de que o amor não tem corpo, não tem rosto, não tem gênero.
O amor é um sentimento, algo que você realmente sente pelo outro, independentemente de querer ou não sentir. É algo involuntário, que você não consegue controlar.
Ao mostrar uma garota se apaixonando por um ser sem corpo, que cada dia está em um lugar diferente, sob a forma de uma pessoa diferente, sem se importar se será seu namorado, um novo garoto, uma garota, um menino trans, enfim, quem quer que seja, mostra que o sentimento dela é maior do que qualquer coisa, do que seus próprios conceitos.
Ela se questiona, se pergunta porque está sentindo aquilo, diz para si mesma que é loucura. No começo, sente desconforto por estar sentindo algo por uma pessoa do mesmo sexo, mas logo ela passa a perceber que, no fim das contas, o que importa é a forma como esta pessoa a faz sentir, os sentimentos que surgem e a vontade de estar junto, não importa de qual forma.
Enfim, é um filme que fala sob amor e se sentir apaixonado de todas as formas. Apesar de ter um lado mais jovem e simples, é aquele tipo de filme que é ao mesmo leve e profundo, mas perfeito para passar algum tempo, se distrair e emocionar, sem ter que pensar muito, apenas sentir.
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