Mesmo com todo o sucesso recente, dá pra destacar alguns filmes da Disney que foram um fracasso nas bilheterias.
O mercado do cinema nos últimos anos, ao menos na bilheteria, foi amplamente dominado pela Disney. E isso ocorreu de tal forma que a empresa parece se encaminhar para monopolizar toda a indústria, comprando outros estúdios, relançando grandes franquias e se tornando a maior responsável pelo estouro dos super-heróis nos cinemas. Com um histórico recente desses, até parece que tudo o que a casa do Mickey Mouse faz se torna sucesso indiscutivelmente.
Mas não é bem assim. A empresa já passou por vários perrengues ao longo de sua história e colecionou muitos fracassos até atingir o patamar em que está. Na década de 1980, inclusive, seguidos anos de crise quase resultaram na sua venda, tendo seu sucesso retomado apenas com a animação A Pequena Sereia, de 1989 (e daí pra frente deslanchando de vez como o maior estúdio de animação do mundo). Só que, mesmo com todo o sucesso de hoje, os estúdios Disney não estão livres de verem algumas decepções tão monumentais quanto seu próprio tamanho.
Algumas delas estão expostas a seguir:
John Carter (2012)
Um veterano da Guerra Civil americana se vê de uma hora pra outra transportado para o planeta Marte. Lá, ele descobre que é muito mais forte e ágil que os demais habitantes, já que a gravidade do planeta é menor (a atmosfera, no entanto, parece ter a mesma composição e pressão da Terra, mas isso são apenas detalhes). Ele acaba se envolvendo em uma guerra entre as raças dominantes do planeta vermelho, mas decide lutar do lado que acredita ser o certo, se envolvendo no caminho com uma princesa marciana.
O filme, baseado em um livro de sucesso, não é um desastre total em qualidade, mas foi uma aposta alta da Disney em uma história que acabou não cativando o público. O orçamento de aproximadamente US$ 250 milhões (altíssimo, sem contar ainda os gastos com marketing) rendeu praticamente o mesmo valor em bilheteria, e cancelou todos os planos iniciais de iniciar uma franquia de sucesso.
Marte Precisa de Mães (2011)
Não se espante se nunca ouviu falar desse filme, afinal, ele é considerado o maior fracasso da Disney nesta década. E olha que não foi por falta de investimento, o orçamento foi de mais de US$ 150 milhões, conseguindo US$ 39 milhões nas bilheterias. A história gira em torno do garoto Milo, que tem a mãe raptada por marcianos (aparentemente quando a Disney aposta em alguma coisa com Marte o resultado não é bom).
O filme até tinha potencial, principalmente por conta das técnicas de animação com captura de movimentos e desenhos feitos à mão, mas o visual realmente deixou a desejar (ficou mais assustador do que qualquer outra coisa), e num filme destinado ao público infantil certamente esse fator pesou muito.
O Álamo (2004)
Uma espécie de remake de um filme de sucesso dos anos 1960 (dirigido por John Wayne, aquele dos faroestes), O Álamo também é tido como um dos maiores fracassos da Disney de todos os tempos.
Recontando um episódio histórico da guerra pelo território atual do Texas, o filme retrata a resistência de 184 americanos no forte do Álamo contra um poderoso exército mexicano que pretendia matar qualquer um que se colocasse no caminho. Nem mesmo a presença de atores de peso, como Dennis Quaid e Billy Bob Thornton, segurou o filme, que parece um pouco deslocado no tempo, exaltando o espírito nacionalista americano, tal como acontecia na época da Guerra Fria.
A Volta ao Mundo em 80 Dias (2004)
Baseado na obra de Júlio Verne, sobre o homem que aceita uma aposta para dar a volta ao mundo em um balão no prazo de 80 dias, e contando com um elenco de respeito, como Jackie Chan, Steve Coogan, Luke Wilson e Arnold Schwarzenegger, o filme definitivamente não agradou crítica e público, tornando-se um prejuízo bem grande para o estúdio, rendendo até indicações ao Framboesa de Ouro.
O Cavaleiro Solitário (2013)
Baseado em uma série de sucesso da época de ouro dos faroestes, O Cavaleiro Solitário procurou pegar carona no sucesso da franquia Piratas do Caribe, trazendo o protagonista Johnny Depp e o diretor Gore Verbinsky. Mesmo que na época os nomes deles estivessem em alta, o filme sofreu algumas acusações de racismo, por conta de Depp, um ator branco, interpretar um indígena americano, e por ter se encostado em uma interpretação excêntrica, muito parecida com seu personagem anterior, o pirata Jack Sparrow.
Muitos críticos acreditam que isso afugentou a audiência e representou o início da decadência do ator. As bilheterias até não foram tão ruins e chegaram a pagar o filme, mas novamente se tratou de uma aposta alta que não teve um retorno tão positivo quanto os executivos da empresa esperavam.
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