Depois de alguns meses da estreia, Vingadores: Ultimato finalmente ultrapassou Avatar no topo do ranking de filmes mais assistidos de todos os tempos, mas isso não significa que ele tenha sido o filme mais rentável. Muita gente questiona que o sucesso do episódio final da saga envolvendo os heróis da Marvel seja resultado apenas da moda e do hype formado em torno dele, e que muitos outros filmes “melhores” não tiveram a mesma chance de brilhar nos cinemas.
No entanto, dois pontos falhos podem ser apontados nessa ideia: primeiro, qualidade é e sempre será um fator discutível, e depende muito do olhar de quem vê; segundo, números de bilheteria só expressam como o público em geral reagiu àquela produção, não são variáveis a se considerar para atestarmos se um filme é melhor que o outro ou não, ou seja, dizer que um filme seja supostamente melhor que outro não implica que a bilheteria tenha que ser maior.
Dito isso, é interessante considerar que nem sempre os filmes que fazem sucesso vieram de produções com universos compartilhados e marketing explosivo, podem ocorrer sim casos de filmes com baixo orçamento que fizeram bonito nas telonas. Lógico que isso não é regra, mas é possível que produções improvisadas ou sem um grande investimento acabem se tornando sucessos e virando, mais tarde, blockbusters. Outros, mesmo que não arrasem nas bilheterias, podem ficar no imaginário popular como filmes cult. Portanto, se você algum dia pensou em entrar para esse mundo do entretenimento, saiba que as chances existem, mesmo se você não tiver muito dinheiro.
Mas qual foi o filme mais rentável de todos os tempos?
O lucro das grandes produtoras com suas megaproduções é incomparável, realmente. Para se ter uma ideia, os custos de Avatar e de Vingadores: Ultimato ficaram em torno de US$ 240 milhões (desconsiderando a famigerada inflação) e US$ 350 milhões, o que gerou para os dois filmes um lucro de aproximadamente 1.200% para o primeiro e de 800% para o segundo. Bastante não é? Mas proporcionalmente nada comparado a esses aqui:
5º – Rocky, Um Lutador
Orçamento: US$ 1,1 milhão
Bilheteria: US$ 225 milhões
Lucro: 20.400%
O roteiro, do próprio Sylvester Stallone, poderia ter sido estrelado por algum nome maior da época, mas o ator se recusou a vender o texto caso não fosse ele mesmo o protagonista. É bem possível que se ele tivesse aceitado a proposta não estaríamos falando do filme hoje aqui.
4º – A Noite dos Mortos-Vivos
Orçamento: US$ 114 mil (sim, mil, não milhões)
Bilheteria: US$ 30 milhões
Lucro: 26.300%
O diretor George Romero já era conhecido por fazer filmes de baixo orçamento, mas este o elevou a um status de diretor cult. O filme teve 5 sequências e dois remakes, tornando-se um dos mais respeitados filmes de zumbi da história.
3º – Mad Max
Orçamento: US$ 300 mil
Bilheteria: US$ 100 milhões
Lucro 33.000%
O primeiro filme teve um orçamento baixíssimo para o padrão blockbuster que ele se tornou, e praticamente lançou as carreiras de Mel Gibson e do diretor George Miller. O sucesso permitiu a produção de três sequências, a última em 2015, que conquistou a crítica e o público.
2º A Bruxa de Blair
Orçamento: US$ 60 mil
Bilheteria: 248 milhões
Lucro: 413.300%
O filme inovou ao elevar ao máximo o estilo found footage (quando a filmagem é supostamente encontrada ao acaso), e se tornou um grande viral na era pré-Youtube. O orçamento era tão baixo que nem havia uma equipe de câmera e som, os próprios atores fizeram as filmagens, e o resultado foi tão bem recebido que teve duas sequências, essas não muito memoráveis.
1º – Atividade Paranormal
Orçamento: US$ 15 mil
Bilheteria: US$ 197 milhões
Lucro: 1.313.000%
Seguindo o princípio do found footage de seu antecessor na lista de mais rentáveis, o primeiro filme da série Atividade Paranormal é também um dos menores orçamentos de toda a história. Na época, muitas pessoas até acreditaram que o material filmado era real, tamanho o amadorismo das cenas. O filme deu origem a uma franquia de mais 4 episódios, que curiosamente, apesar de não serem um fracasso, não atingiram os mesmos resultados, talvez por um desgaste da fórmula de sucesso vista no primeiro.
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