Deadpool 2 chegou aos cinemas na cauda de Vingadores: Guerra Infinita, e enquanto um deixou os espectadores despedaçados, o outro chega para juntar os pedaços (literalmente) e entregar um filme corajoso, empolgante e que só não é perfeito por algumas repetições em excesso em determinados momentos.
Enquanto o primeiro filme inovou ao quebrar todos os padrões existentes para um filme de super-herói, apresentando a quebra da quarta parede, linguajar escrachado e humor despretensioso, sua continuação consegue elevar todos esses quesitos, porém sem o fator surpresa apresentado anteriormente.
Não que a falta do fator surpresa seja um demérito, mas é satisfatório quando conseguimos ser surpreendidos em um filme, ainda mais em uma época que uma foto vazada pode entregar uma participação especial ou um momento crucial da trama. E nesse quesito, Deadpool 2 atinge seus objetivos com louvor ao conseguir entregar novas surpresas, com participações pra lá de especiais.
Com tais participações surpresas e ao trazer um novo e importante personagem do universo dos mutantes para o cinema, Deadpool despretensiosamente se insere oficialmente no universo cinematográfico idealizado por Bryan Singer, e estabelece uma relação familiar entre dois importantes personagens e que fora deixada de lado na trilogia original dos mutantes.
Ryan Reynolds tem em Deadpool o papel de sua vida e hoje é impensável desassociar o personagem do ator. Josh Brolin como Cable é uma incógnita a se desvendar em filmes futuros, já que a interpretação do ator parece com qualquer outro personagem canastrão de alguma franquia de ação. Zazie Beetz rouba a cena com sua Dominó e seu carisma que transcende as telas. Dentre as demais participações do grupo que vem a se tornar a primeira formação da X-Force, há uma participação que ultrapassa todos os limites da zoeira com a participação de um dos maiores nomes de Hollywood, são essas pequenas ações que acabam por tornar Deadpool o sucesso que é hoje.
Deadpool 2 entrega ótimas e brutais cenas de ação com momentos que beiram o gore, que fazem valer sua classificação indicativa inicialmente prevista para maiores de 18 anos, e agora reduzida para 16 anos. Embora o filme entregue muito mais ação e referências do que seu primeiro filme, são justamente os momentos de maior seriedade e emoção que tornam Wade Wilson num homem de camadas e que lá no fundo, ainda se preocupa em fazer o bem. Não fosse pelos momentos repetitivos e pelo excesso da cena chave do personagem, Deadpool 2 poderia ser apontado facilmente como a melhor adaptação de histórias em quadrinhos do ano.
Resta saber agora o que o personagem apresentará de novo numa futura adaptação, como as épicas cenas pós-créditos impactarão o futuro do personagem e se finalmente o veremos integrado ao universo dos mutantes.
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