Provavelmente pelos próximos meses, o assunto da vez no mundo do entretenimento será Vingadores: Ultimato, filme que só na pré-estreia já arrebatou uma multidão, com os cinemas vendo os ingressos esgotarem pelas primeiras semanas de exibição e com a expectativa lá em cima de que vai bater todos os recordes possíveis e imagináveis de público. Nada mais natural para a conclusão de uma saga de 10 anos, 21 filmes, 44 horas de ação e emoção e, claro, uma arrecadação de US$ 18 bilhões só em bilheterias (e contando). Se considerarmos todo o Universo Cinematográfico da Marvel como franquia, podemos sem dúvida colocá-la como a mais rentável e bem sucedida de todos os tempos, batendo de longe a segunda colocada (Star Wars).
Porém, certamente, o que move os fãs para o cinema não são os números impressionantes ou o fato de o filme estar na moda (marketing é importante, claro, mas de nada valeria se o produto não fosse bom), o motivo é muito mais simples: aquele sentimento deixado pelo último episódio (Guerra Infinita), partilhado por milhões de pessoas em todo o mundo, tanto que quase parecia real que metade da humanidade se foi em um estalar de dedos. Agora, ninguém mais tem dúvida: Thanos merece uma lição, e queremos muito vê-lo levando uma sova dos heróis que restaram, ainda que os motivos do vilão fossem nobres e muitos tenham se identificado com ele. Esperamos, portanto, o final feliz, só possível com a derrota do titã, que não pode acontecer sem antes levar uma bela lição, física e moral, dos heróis (o que Thor quase conseguiu proporcionar no final de Guerra Infinita, se ao menos tivesse acertado a cabeça…).
A ideia de punição do vilão, conhecida lá das tragédias gregas pelo termo “catarse”, é o que motiva completamente Vingadores: Ultimato. Basicamente, é a nossa vingança, não só a dos heróis. Depois de toda a comoção causada pela morte de metade da vida no universo, monumentos foram erguidos para lembrar os desaparecidos e as pessoas tentam a todo custo seguir em frente. Mas, como sugeriu o Capitão América em um dos primeiros teasers, os vingadores não estão preparados para isso, e tentam encontrar algum modo de enfrentar Thanos, mesmo sabendo que o vilão é praticamente indestrutível agora que tem todas as joias do infinito. A Capitã Marvel é uma adição fenomenal ao elenco, mas para parar de vez o Titã pode ser que nem mesmo a força seja o meio mais eficaz.
O pacote é um ótimo upgrade em relação ao entregue em Guerra Infinita, as atuações continuam impecáveis, e o rodizio de protagonismo é ótimo para que toda a multidão de personagens tenha seu momento de utilidade. Em Ultimato, os personagens que ficaram em segundo plano anteriormente, assumem a liderança e mostram que também merecem respeito.
E sem contar muito para não estragar a sua surpresa, o sentimento que temos ao encerramento do filme é o melhor possível. A Marvel fez exatamente aquilo que os fãs esperavam dela: juntou cada ponta de cada filme para produzir uma história coesa, cheia de reviravoltas e, claro, sem esquecer da emoção sempre intensa. Podemos dizer sem sombra de dúvida que Vingadores: Ultimato inaugura uma nova era na produção de filmes, superando o próprio padrão de qualidade que ela mesma criou nas obras anteriores. Como já dissemos, é difícil falar sobre o filme sem dar spoilers, então tudo o que podemos dizer é: não deixe de conferir esse espetáculo cinematográfico.
Vingadores: Ultimato é muito maior do que a Marvel havia prometido. Claramente a faixa de corte para os filmes super-heróis subiu muito e vai agradar até mesmo os haters do estúdio.
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