Mais uma série estreou na Netflix e já foi para a lista de séries para maratonar na quarentena: Valéria. Leve, engraçada, escrachada e também romântica, com uma certa dose de realismo. A comédia é uma adaptação de María Lópes Castaño dos romances de Elísabet Benavent, que ainda auxiliou na produção, em algumas dúvidas referentes aos seus livros.
A série é dirigida por Inma Torrente e Nely Reguera e produzida pela Plano a Plano, mesma produtora de Toy Boy.
Valéria conta a história de uma escritora (Diana Gómez) que está em crise, a chamada síndrome da impostora, e não consegue desenvolver um romance encomendado por sua editora. A protagonista ainda sofre com problemas relacionados ao dinheiro, à família e ao casamento com Adrian (Ibrahim Al Shami), enquanto resiste ao charmoso Victor (Maxi Iglesias). Valéria conta com a ajuda de três amigas, Lola (Silma López), Carmen (Paula Malia) e Nerea (Teresa Riott), cada uma com seus próprios problemas no trabalho, familiares ou amorosos.
Desde o anúncio da série ela vem sendo muito comparada a Sex and the City e posso atestar, depois de ver todos os 8 episódios de mais ou menos 40 minutos, que a comparação é válida, porém com algumas ressalvas.
Assim como a personagem do seriado norte-americano, a protagonista também é escritora, apesar de só ter conseguido publicar um conto e estar passando por uma crise, diferente de Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker). Valéria também tem três amigas, companheiras de saídas e bebidas, que seriam as Samantha, Charlotte e Miranda de Sex and the city. A diferença é que as personagens da nova série da Netflix pode contar com as redes sociais, como o Tinder e o Whatsapp.
Em Valéria, a cidade é uma personagem importante, Madrid, talvez não tanto quanto Nova York para Sex and the City, mas podemos acompanhar as personagens na vida noturna da cidade, bem como nos museus e parques. Madrid também é importante para a protagonista, que tem a sua vida mudada com a sua decisão de morar na cidade e deixar a casa dos pais.
Outro aspecto, e podemos dizer personagem, de grande importância para a série, é o sexo. Tratado de maneira aberta e natural, sem fantasiar muito. Podemos ver através das personagens a relação sexual entre duas mulheres, o fingimento de um orgasmo, sexo bom, sexo ruim e a quebra de diversos tabus diante das câmeras. São trazidos para a cena, diferentes tipos de corpos, de formas diferentes e até mesmo o ato de masturbar-se.
A identificação com os personagens de Valéria é muito grande e nos faz sentir parte da trama, exatamente por tratar de problemas corriqueiros que todos temos que enfrentar em algum momento das nossas vidas, quando amadurecemos ou estamos perto dos trinta anos. E essa proximidade com a realidade traz um certo conforto para o espectador.
Os atores são excelentes, em especial a protagonista Diana Gómez, que está quase irreconhecível, após fazer a Tatiana de La Casa de Papel. Ela incorpora muito bem a personagem Valéria, seus anseios são refletidos nas expressões e os áudios gigantescos que ela envia para as amigas, que demonstram toda a criatividade na criação de histórias das mais diversas, que poderiam muito bem ser parte do seu livro.
A trilha sonora é muito divertida, com vários artistas espanhóis e o vestuário colorido, que se mistura com os papéis de parede, traz um aspecto de realidade, no qual as personagens repetem as roupas ou se sentem confortáveis em usar quase nada em casa.
Resumindo, Valéria é uma série que vale a pena ser vista neste momento de isolamento social. Ela promete algumas gargalhadas e uma certeira identificação com as personagens e suas histórias.
Você pode assistir a primeira temporada de Valéria no Netflix.
E você, já viu Valéria? Comente aí e deixe sua sugestão.
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