Power é a nova investida da Netflix no universo dos super-heróis. A trama se inicia quando uma misteriosa droga que provê super-poderes temporários aos seus usuários circula pela cidade de Nova Orleans, e um homem com uma agenda pessoal e um policial começam a tentar descobrir a fonte da substância.
Uma mistura de X-Men com Super Choque que tem tudo pra dar certo, mas alguns deslizes acabam engessando a produção. Isso não significa que Power é ruim, o filme é divertido e conta com efeitos especiais de encher os olhos, mas ainda não foi dessa vez que a Netflix “chegou lá”.
O maior problema sem dúvidas é a superficialidade que o roteiro até tenta superar, escondendo detalhes do espectador até o ato final. Mesmo assim é inevitável sentir que falta algo. Seja por conta dos “vilões” sem carisma e principalmente sem origem, ou a falta de um desenvolvimento melhor no que se diz respeito ao trio de protagonistas.
Aliás, o carisma desse trio principal é que segura a produção com facilidade. Jamie Foxx, Joseph Gordon-Levitt e Dominique Fishback esbanjam carisma e tem uma ótima química em cena, o que acaba cativando na força quem assiste a produção. São os únicos personagens com o destaque necessário para nos apegarmos a eles, o que é natural, afinal são os protagonistas, mas ao mesmo tempo sentimos falta daquele antagonista que roube a cena.
No elenco temos também Rodrigo Santoro, que apesar de não ter uma participação tão ativa no longa, consegue trazer algo novo, se levarmos em consideração as produções em seu histórico.
Quando se fala em filme de super-heróis, todo mundo já imagina ótimos efeitos especiais, e felizmente eles estão lá! As transformações dos personagens após tomarem a fatídica pílula estão incríveis. Obviamente por se tratar de puro CGI, com o passar dos anos provavelmente estes efeitos não envelhecerão bem, mas por hora são suficientes para encher os olhos.
Mas nenhum efeito especial poderia garantir qualidade sem um enredo minimamente cativante. Apesar de serem um tanto clichês, as reviravoltas realmente se tornam interessantes, principalmente a partir do segundo ato, quando todos os personagens já são conhecidos e estamos situados naquele universo.
Em muitas produções da Netflix, é justamente aí que a história se perde e parece que neste filme não escorregaram nesse aspecto. As motivações dos personagens para movimentar a trama também não soam artificiais, e não temos uma clássica divisão entre o bem e o mal, algo que pode naturalmente acontecer em uma história genérica.
Um grande acerto se deve justamente à boa condução do ritmo da trama, sem ser enérgica demais, mas também sem mergulhar em momentos melancólicos, Power consegue facilmente ao longo dos seus 111 minutos de duração, segurar a atenção de quem assiste.
Como de costume, é possível perceber que a dona Netflix deixou vários ganchos prontos, para, quem sabe, futuramente lançar uma sequência. E sim, essa sequência seria muito bem vinda, visto que a idéia é ótima, mas produção acabou pecando um pouco na execução.
No fim, se nada na produção pode ser apontado como espetacular, pelo menos a sensação ao final não é de tempo perdido. É uma história com momentos de tensão, cheia de ação e até com alguns momentos divertidos de alívio cômico. Portanto, assista sem medo que é entretenimento garantido.
Definitivamente, Power não é um filme ruim, pelo contrário, consegue divertir e fisgar a atenção do público até os minutos finais. O principal problema é a superficialidade do roteiro, problema este que poderia ser facilmente corrigido em um novo filme. E sim, estou aguardando Power 2, então dona Netflix não demore, ok?!
E você já viu Power? Conte pra nós o que achou!
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