Mais uma série adolescente saiu na Netflix, Ninguém mandou, ou em inglês, Get even. Como temos visto, a temática de suspense, assassinato e jovens tendo que sobreviver ao ano escolar, tudo ao mesmo tempo, tem conquistado um público forte, seguindo o exemplo da famosinha Elite e também de Pretty Little Liars, lançada já há alguns anos. Ninguém mandou, por sua vez, tem apenas 10 episódios curtinhos (de no máximo 30 minutos), adaptada da série de livros Don’t get mad de Gretchen McNeil e é produzida pela BBC, que lançou a série ainda em fevereiro no Reino Unido.
A série foi criada por Holly Phillips, com a produção executiva de Lucy Martin, Chapman Maddox e Bob Higgins.
A trama de Ninguém mandou acompanha quatro adolescentes, muito diferentes, que estudam no colégio elitista Bannerman Independent School, Kitty Wei (Kim Adis), Margot Rivers (Bethany Antonia), Bree Deringer (Mia McKenna-Bruce) e Olivia Hayes (Jessica Alexander).
Kitty é a líder do grupo, de descendência asiática, atleta e bolsista na escola, sempre tentando superar as expectativas de seus pais. Margot é afroamericana, muito tímida, viciada em jogos de computador e muito boa com tudo relacionado a eletrônicos. Bree é uma menina desinibida, que foi abandonada pela mãe e busca sempre chamar a atenção de seu pai. Por fim, Olivia, popular, conhecida por todos do colégio, se veste com roupas caras, apesar de esconder uma vida simples com sua mãe.
Esse grupo de meninas, que aparentemente não possuem nada em comum, vão se unir para combater todos aqueles que praticam bullying ou outras injustiças, no colégio. Elas formam o D.G.M., abreviação de Don’t Get Mad, que significa em tradução livre, “Não fique brava”. Porém, as brincadeiras que elas fazem para o bem daqueles que sofrem no colégio, acabam por tomar um rumo mais sério, quando um dos alunos é assassinado e o grupo passa a ser o alvo de investigação principal da polícia, já que um bilhete com a assinatura DGM aparece nas mãos do jovem.
Para salvar o nome de sua sociedade secreta, as meninas vão fazer de tudo para descobrir o autor do assassinato. Porém, tudo é contado de maneira um tanto rápida e superficial. Esse é um dos grandes defeitos de Ninguém mandou: muitos enredos e narrativas ficam em suspense, quase não sabemos nada da vida das meninas, vemos muito pouco seus pais, que parecem não se importar com o que elas fazem.
Outro ponto negativo é a trama, um tanto clichê, já que estamos muito acostumados com esse tipo de história na plataforma de streaming.
O elenco de Ninguém mandou, porém, é muito bom. As atrizes principais atuam muito bem e possuem bastante diversidade, sendo a líder do grupo uma menina de descendência oriental, algo normalmente bem raro de se ver nas séries. Muitos atores são negros e ao mesmo tempo são retratados alguns dilemas envolvendo a sexualidade de uma das protagonistas, mesmo que ainda superficialmente.
Outro ponto positivo é ver um grupo de meninas conversando sobre algo que não é meninos, se unindo, até mesmo contra alguns deles. Mesmo que exista o interesse amoroso de uma delas pelo ex-namorado de outra, esse fato acaba não sendo motivo para brigas. Ao contrário do que estamos acostumados a ver, uma colabora com a autoestima da outra e isso é bem mais reconfortante de se ver em tela.
Para os fãs, a boa notícia é de que provavelmente teremos uma segunda temporada, já que o fim da primeira deixa claro que existe algo a mais por trás dos assassinatos de Ninguém Mandou, envolvendo uma outra sociedade secreta.
Você pode conferir a primeira temporada de Ninguém Mandou na Netflix.
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