Homem-Aranha no Aranhaverso começa quando Peter Parker morre fazendo com que Miles Morales se torne o novo Homem-Aranha, a situação fica complicada quando Wilson Fisk começa a fazer experimentos com outras dimensões e heróis de universos paralelos começam a aparecer no Brooklyn, como o Peter Parker de outra dimensão, a Spider-Gwen o Aranha-Noir, Ar//nh (Peni Parker), e o Porco-Aranha.
A possibilidade de introduzir nos cinemas um Homem-Aranha que não fosse Peter Parker sempre causou desconfiança em muita gente. Felizmente este filme chega com os dois pés na porta e mostra que sim, é possível existir outro cabeça de teia tão carismático quanto o mais conhecido do público.
O visual da produção é de encher os olhos e certamente deixará até aqueles que não gostam de animações babando. A técnica de animação utilizada para dar vida aos personagens é incrivelmente detalhada e faz com que o espectador tenha a sensação de que está assistindo a um live-action mas com o espirito original dos quadrinhos. A ideia é tão inovadora que levou a Sony a entrar com um pedido de patente para a tecnologia utilizada. Isso significa que futuramente veremos muitas animações tão ou mais lindas que esta.
A narrativa de Homem-Aranha no Aranhaverso se desenvolve em cima de Miles Morales como protagonista e Peter Parker como seu mentor. Aos poucos são introduzidos todos os personagens de outras dimensões. E se você está preocupado com a bagunça que essa montoeira de heróis pode causar, fique tranquilo, cada um tem seu tempo perfeito em tela e todos são essenciais para a evolução da trama.
O roteiro reconhece até mesmo a existência do Aranha vivido por Tobey Maguire nos filmes do Sam Raimi, e brinca sem medo com os erros e acertos cometidos. Com esse tom debochado temos a personalidade do personagem muito explícita em cena, cativando facilmente o público. Se você é do tipo rabugento, se prepare, o cabeça de teia vai arrancar ao menos um sorrisinho de você, pois as piadas sempre têm uma ótima sacada e flertam com o estilo apresentado em Deadpool e Jovens Titas em Ação.
A trilha sonora também merece um grande elogio. O repertório em suma maioria é composto por hip-hops, mas as músicas não são somente jogadas ali. As cenas foram minuciosamente pensadas para que evoluam junto com a canção, algo no estilo de Em Ritmo de Fuga, desta maneira é impossível não ficar vidrado na telona lotada de personagens coloridos trabalhando conforme a música.
Outro acerto é em relação aos personagens de outras dimensões, que mantêm seu traço e estilo característico, mas sem destoar do restante do universo. É lindo vermos o Aranha-Noir todo em preto e branco interagindo com o Porco-aranha com seu traço cartunesco bem ao estilo Looney-tunes de uma maneira natural e cativante.
Como de costume, o eterno Stan Lee também tem sua participação no filme. E como a produção do longa foi finalizada antes de sua morte, a dublagem é do próprio criador do personagem. Durante os créditos também é apresentada uma homenagem a Lee. Falando em créditos, os deste filme são lindos e acho pouco provável você levantar da cadeira antes de acabarem. E não esqueça da cena secreta ao final de todos eles.
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