Dash and Lily é a série que está aparecendo em todas os sites e indicações no momento, principalmente pelos fãs de Jonas Brothers, já que, além de um dos produtores ser o Nick Jonas, os irmãos ainda fizeram uma participação no último episódio. Essa série tem apenas 8 episódios de mais ou menos 30 minutos em sua primeira temporada e é muito fácil de maratonar e aquecer o coração, com toda a fofura natalina presente.
A série é baseada no livro O caderninho de desafios de Dash & Lily (Dash & Lily’s Book of Dares), de Rachael Cohn e David Levithan, com direção de Brad Silberling e Fred Savage, criação de Joe Tracz e Lauren Moon.
Dash and Lily conta a história de dois jovens solitários no Natal, mas que são totalmente opostos. Dash (Austin Abrams) não tem atenção dos pais, vive em um bairro rico de Nova York, cínico e acha que as pessoas arruínam tudo. Lily (Midori Francis) é meiga, gentil, rotulada como uma menina estranha que mora no apartamento de seu avô com a família, incluindo seu irmão Langston (Troy Iwata), muito engraçado e que a incentiva a criar uma espécie de caça ao tesouro, através de um caderninho vermelho, deixado com instruções entre os livros de Salinger na livraria Strand, como uma forma de conversar com alguém com seus mesmos interesse, e quem sabe, encontrar um par romântico.
Como é de se esperar, Dash and Lily está cheio de clichês, que vão desde a comédia romântica até o fato de se tratar de uma série de Natal, bem próxima daqueles filmes que costumamos assistir na época. A magia do Natal está presente em cada capítulo – tenha isso em mente. Mas, isso não tira o seu valor, porque, apesar de tudo, ela é de uma sensibilidade incrível, bem como os sentimentos que vão sendo desenvolvidos de uma forma muito bem encaminhada.
Os atores são muito bons. É quase impossível de dizer se eles não são mesmo do jeito que seus personagens são retratados. Fica evidente em Dash and Lily, toda a ansiedade em ser um adolescente, o sentimento de não pertencimento e a busca de uma identidade, enquanto é necessário lutar contra o conhecido bullying.
Outro protagonista, muito interessante, de Dash and Lily é a cidade de Nova York, que ambos adoram. Com o caderno em mãos, os dois jovens desafiam um ao outro para ir descobrindo os diversos locais pela cidade. Assim, é mostrado o Central Park, a estação de trem Central (antes da chegada do primeiro trem), os pretzels e os doces, a loja Macy’s, totalmente enfeitada para o Natal, dentre outros. Enquanto Dash tenta encaminhar Lily para se desafiar e se aventurar, Lily leva Dash para lugares, onde ele poderá conhecer (e quem sabe apreciar) o espírito natalino.
É muito curiosa também, a diversidade, tanto étnica quanto sexual, presente em Dash and Lily, como é característico de Nova York. Mesmo a protagonista que é metade japonesa e metade norte-americana. A cultura de sua família está presente em muitos capítulos e é uma delícia de ver, já que raramente temos protagonistas orientais nas séries.
E por fim, é refrescante ver adolescentes envolvidos em um encontro tão cheio de atualidade, sem estarem conectados por celulares ou outras telas. Eles vivem o momento com uma intensidade diferente, tudo através de um caderno. A literatura vai invadindo os cenários e também tem uma importância gigantesca, desde o lugar do “primeiro encontro” na livraria até as citações de Cinderela e outras obras americanas (The Mixed-Up Files Of Mrs. Basil E. Frankweiler, The Nutcracker e The Lion, The Witch and The Wardrobe)
Longe do que podemos acreditar ao ver um título como este, a série consegue ir muito além do romance proposto, os dois jovens tornam-se amigos, e passam a se ajudar emocionalmente, algo que costuma ser muito complicado na adolescência, dando lições de coragem em uma jornada de autoconhecimento. Por isso, se você está buscando um escapismo da Pandemia e de assuntos deprimentes, Dash and Lily é a série certa. Ela traz uma sensação de bem estar e alegria mágica do Natal.
Você pode conferir a primeira temporada de Dash and Lily na Netflix.
https://www.youtube.com/watch?v=AmW5GO6btMM
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