Está aberta a temporada de séries de suspense e terror nos serviços de streaming e para complementar a lista saiu dia 10 de junho Curon, uma série italiana que vai te deixar apreensivo do começo ao fim.
A série foi criada por Ezio Abbate, Ivano Fachin, Giovanni Galassi e Tommaso Matano, com a direção de Fabio Mollo e Lyda Patitucci. Tem apenas 7 episódios de em média 40 minutos, fácil de maratonar.
Curon conta a história de Anna (Valeria Bilello), mãe de Mauro (Federico Russo) e Daria (Margherita Morchio), que decide retornar à cidade de mesmo nome com os dois filhos, dezessete anos após o suicídio de sua mãe. A cidade, porém parece ser amaldiçoada e quando alguém ouve os sinos da torre de uma igreja alagada, algo de diferente parece acontecer. E se você não curte um spoiler, é melhor não ler as linhas abaixo – mas eu prometo ser bem de leve.
Curon, de fato, é o nome de uma cidade na Itália, na província de Bolzano, e a famosa torre do sino, centro de toda a narrativa, existe na vida real. Ela fazia parte de uma igreja romana do século XIV e foi engolida pela água após ser construída uma barragem. Durante o inverno, e como podemos ver no último episódio da série, é possível se aproximar da torre, através do lago congelado. Dizem ainda que a mesma torre também possui a lenda retratada na série, de que é possível ouvir seus sinos, mesmo que eles não existam, o resto é tudo invenção.
Mas qual é essa maldição para as pessoas que ouvem os sinos? Uma cópia dela é criada no lado da torre, e ela sai pela cidade em busca do outro para matá-lo e tomar a sua vida. Essa é a lenda também conhecida como dos doppelgängers, que na lenda nórdica dizia ser um presságio de má sorte, de que a pessoa está próxima de morrer. Normalmente essas criaturas são retratadas como alter-egos ruins, que fazem o mal, como se fossem o lado sombrio daquela pessoa. Na série isso parece não mudar.
Mas quem são as pessoas escolhidas para terem doppelgängers? Por que a maldição parece ter uma ligação com a família Raina? Tudo isso tem a ver com o fato dessa mesma família, que também é a família de Anna, ter sido dona da cidade e também resolveu inundá-la, dizendo que pretendia enterrar os segredos obscuros, que ela parecia guardar? Nada é revelado com detalhes em Curon, nos deixando esperando por uma segunda temporada que possa clarear nossas dúvidas.
A série deixa, de fato, muitas questões em aberto, inclusive se é possível que exista mais doppelgängers espalhados pela cidade – como é revelado pelos ossos encontrados na caverna – que estão tomando a vida das pessoas normais. Não sabemos também sobre o destino de Micki (Juju Di Domenico) e Daria que sofrem de dor de cabeça e produzem seus sósias no lago.
O enredo de Curon é bastante adolescente, o que pode ser ruim para algumas pessoas, porém, apesar de às vezes ser um tanto previsível, a história surpreende com algumas reviravoltas e pontas soltas deixadas para aumentar o suspense do telespectador. De um lado temos a trama dos jovens que precisam sobreviver ao último ano no colégio, sofrendo bullying, problemas familiares e até mesmo a descoberta da sexualidade de Micki, que se apaixona por Daria. De outro lado temos o suspense em torno da cidade, o desaparecimento de Anna e a criação dos doppelgängers.
A fórmula da série é em si manjada, com jovens salvando a cidade, aos moldes de Stranger Things, ao mesmo tempo em que a fotografia azulada lembra outras séries de suspense como Dark, mas também levanta alguns questionamentos que podem até mesmo ser filosóficos. Afinal, será que Curon, assim como a lenda dos doppelgängers, quer trazer para nós a ideia de que é necessário lidar com nossos eus, medos e crenças?
Confira o trailer da primeira temporada:
Você pode assistir Curon na Netflix.
E você, já viu a série? Comente aí e deixe sua sugestão.
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