Saudades de sair para encontrar o Crush, minha filha? Ou ir para um date qualquer? A Netflix sentindo esse desejo dos quarenteners lançou a série O Crush Perfeito. Só não consigo dizer se matou as saudades ou se deu mais vontade de sair de casa, conhecer novas pessoas e conversar com outras que não morem com você.
O Crush Perfeito é um espécie de Reality Show e segue a linha de Casamento às Cegas. Como esse último acabou sendo um sucesso, a Netflix decidiu investir em outros com o mesmo tema. Dessa vez, contando a história de seis solteiros em São Paulo em busca de um par perfeito, saindo com outras pessoas para comer, beber e passear pela cidade.
Neste Reality as pessoas são lindas, descoladas e estão em um encontro às escuras, sendo que apenas um irá avançar para o segundo encontro. Aos moldes do programa americano Dating Around, que já tem duas temporadas na Netflix.
A grande sacada do programa é com certeza a diversidade apresentada. A primeira parece ser uma jovem tradicional, porém é revelado que um dos participantes homens com quem ela vai se encontrar é trans, o que surpreende positivamente a garota. Depois dela temos casais gays, lésbicas e pessoas acima dos 50 anos. Todos são trazidos de uma maneira muito natural, com conversas interessantes, que envolvem desde outros relacionamentos passados, como a aceitação da sexualidade pela família.
Um problema muito grave da série é que tudo acontece de maneira apressada, para caber em quase 30 minutos de episódio. Fica a impressão de que as pessoas não puderam se conhecer direito no tempo oferecido, sendo encontros superficiais. Às vezes rola um beijinho ou outro, mas muitas vezes nem isso. A impressão que ficou para mim, é que, pelos diálogos, seria impossível encontrar o crush perfeito mesmo. Tanto, que já adianto, xeretando nas redes sociais já podemos ver que os casais formados não ficaram juntos.
Uma pergunta que ficou para mim, assistindo a O Crush Perfeito, foi: por que os seis participantes estão com as mesmas roupas em todos os dates? Eles aconteceram no mesmo dia? Provavelmente não, já que eles voltam para casa depois de encontrar cada um dos seus crushes. Mas a sensação que fica é essa. Ou talvez, como ocorreu em Casamento às Cegas, é uma espécie de experimento científico, no qual mudar o próprio vestuário pode modificar também o resultado final, que seria na escolha de um outro parceiro para o segundo encontro.
O fato é que os editores se divertem com esse aspecto, a mesma roupa, a mesma maquiagem, mas os diferentes encontros. Se alguns ficaram confusos com quem respondeu o quê para os participantes, outros acharam bem legal a estratégia de resumir os encontros que muitas vezes têm as mesmas perguntas. Os cortes são, de fato, muito bem feitos, com conversas se encaixando umas nas outras.
Posso apenas dizer que O Crush Perfeito está bem longe de ser aquele Reality perfeito, mas ele pode ser divertido, se você gosta de espiar a vida dos outros e torcer para os competidores de um programa. Ele traz um pouquinho da nossa memória pré-pandemia e nos faz nos identificar com muitos participantes, deixando um gostinho de vontade de saber mais.
Como eu já sei que vocês vão me pedir, aqui estão os perfis dos participantes, caso vocês queiram de fato conhecer um pouquinho melhor sobre cada um:
Episódio 1 – Elena (@lemarcondes)
Episódio 2 – Dieter (@dietertruppel)
Episódio 3 – Joelma (@joelma)
Episódio 4 – Jota (@jotagonzalezoficial)
Episódio 5 – Raissa (@raissablumer)
Episódio 6 – Paulo (@paulofronterotta)
Você pode conferir a primeira temporada de O Crush Perfeito, na Netflix.
E você, já viu O Crush Perfeito? Comente aí e deixe sua sugestão.
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