Neste domingo (02), os maiores nomes do transporte alternativo do país subiram ao palco para encerrar a programação do Geek City. Em Curitiba (PR), Caíto Mainier, o Rogerinho do Ingá, Leandro Ramos, o Julinho da Van, Raul Chequer, o Maurílio, e Daniel Furlan, o Renan, contaram histórias, suas inspirações para os personagens e responderam perguntas do público durante o painel do Choque de Cultura.
Juntos, os quatro formam um time de motoristas de vans ilegais que protagonizam um programa de cinema. Na primeira temporada, disponível no canal da TV Quase no YouTube, filmes como Animais Fantásticos e Onde Habitam – ou Harry Potter sem Harry Potter, como eles preferem – Velozes e Furiosos e Transformers foram dissecados pelos pilotos do transporte alternativo.
“Temos uma vasta experiência em fracassos, por isso não esperávamos o sucesso do Choque de Cultura”, respondeu Leandro ao ser questionado sobre a quantidade de fãs alcançada pelo canal. “Recebemos muitas mensagens de pessoas contando que estão deprimidas e que o Choque tem ajudado. Depois disso, comecei a perceber que o que fazemos tem um impacto positivo, mas não temos a real dimensão”, contou Daniel Furlan.
Para Caíto Mainier, uma parte do sucesso vem da identificação das pessoas com o humor feito pela equipe. “Existe alguma coisa na maneira como olhamos o mundo, e que nos ajuda a suportar o mundo, que também encoraja as pessoas a suportar o mundo”. Ao falar sobre Rogerinho do Ingá, Caíto reforçou esse conceito. “Ele é um psicótico. É mais um personagem autoritário que mostra o quanto é ridículo ser autoritário”, complementou.
Durante o Geek City, os quatro anunciaram a estreia da segunda temporada do Choque de Cultura, prevista para dezembro. “Final do ano é quando geralmente estreamos os programas. A tendência é voltarmos a gravar em outubro”, explicou Caíto.
Porta dos Fundos
Além do Choque de Cultura, passou pelo palco do Geek City o Porta dos Fundos – um dos mais influentes canais brasileiros de humor no YouTube. Ian SBF e Totoro compartilharam com o público suas experiências e o cenário atual de geração de conteúdo na internet. “Quando começamos, ninguém sabia que dava para ganhar dinheiro com YouTube. Eu ficava pensando: como colocar dinheiro nesse projeto, com todo mundo escrevendo roteiros que causariam problemas pra gente?”, explicou Ian.
Segundo ele, sempre que um vídeo era lançado, todos os integrantes se cumprimentavam como se fosse o último. “Apertávamos a mão um do outro falando foi bom até agora. Porque achávamos que alguém nos processaria e a empresa acabaria no dia seguinte”. Os processos realmente chegaram e não foram poucos. “É moda processar o Porta já faz um tempo. Já fomos processados pelo Feliciano, o Malafaia, o Botafogo, o Garotinho, mas ninguém ganhou. Tivemos um processo de Kellens. Umas Kellens se reuniram e processaram o Porta. Eu fico pensando como foi essa reunião de kellens”, riu Ian.
Totoro destacou ainda a mudança lançada pelo Porta dos Fundos quando o assunto é relacionamento com marcas. “Nas novelas e seriados as pessoas viravam a garrafa de refrigerante para não aparecer o rótulo. Começamos mostrando as marcas mesmo sem ganhar dinheiro”, disse. “Para as marcas e as empresas foi uma mudança imensa. O conteúdo do Porta dos Fundos mostra que não só a vida tem marcas, como ela tem palavrão”, finalizou Ian.
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