Amor em Obras é um daqueles filmes com finais óbvios, românticos e água com açúcar que assistimos quando não queremos pensar muito, sabe? A Netflix parece feliz com a repercussão de seus filmes românticos, cada vez investem mais neles, mas isso não quer dizer que todos sejam bons.
Amor em Obras, dirigido por Roger Kumble e escrito por Elizabeth Hackett e Hilary Galanoy, traz Christina Milian no papel de Gabriela Diaz, uma mulher independente e forte que, após o término de um relacionamento e uma demissão do trabalho, decide se inscrever em um concurso para ganhar uma pousada na Nova Zelândia. E não é que ela ganha!
Após isso, a garota decide deixar sua “vida real” de lado e partir para a aventura que mudará sua vida. Lá ela descobre que a pousada das fotos na verdade está caindo aos pedaços, e que ela precisará reformar-lá caso queira vendê-la.
Assim, Gabriela começa a conhecer e se envolver com as pessoas da cidade, exceto com o empreiteiro Jake Taylor, interpretado por Adam Demos, que acaba irritando a garota assim que se conhecem. É claro que isso não dura muito, mas consegue render algumas cenas engraçadas por conta da implicância da moça. Os dois acabam fazendo uma parceria para reformar e depois vender a Bellbird Valley Farm, e por conta disso acabam se aproximando cada vez mais.
Enquanto isso, a pessoa mais interessada na compra da pousada é Charlotte, dona de uma pousada vizinha que sonha em ter seu mini império ao ser dona das únicas pousadas da cidade. O problema é que uma de suas atitudes para tal feito acaba sendo um tiro no pé e nos leva para o fechamento da trama.
Amor em Obras é um longa que apesar de ser fofo, romântico e em certos pontos engraçado, deixa a sensação de ainda estar em obras. Deixando de lado as brincadeiras, o roteiro é superficial, tem uma história interessante na mão, mas não sabe aproveitar e prefere ficar no raso.
O casal principal tem muita química, passam verdade para o telespectador, mas infelizmente não conseguem desenvolver tudo o que poderiam, já que tudo parece ser apressado aqui. Na primeira cena não se dão bem, algumas depois já estão se conhecendo melhor, outras mais e já estão no mesmo estado de espírito da primeira cena. Tudo rápido demais, nos deixando com um gostinho de quero mais!
Durante os 82 minutos também percebemos vários erros de continuidade, como quando Gabriela busca a planta original da pousada na prefeitura da cidade. Já a locação e a fotografia do filme são daquelas que nos deixam com vontade de viajar e conhecer o mundo. As paisagens da Nova Zelândia nos dão a sensação de interior e o figurino despojado e colorido completa a fórmula.
O ponto alto do filme é definitivamente o relacionamento da protagonista com o pessoal da cidade, que são super receptivos e tornam essas cenas divertidas e engraçadas, o que nos faz desejar uma recepção como essa a cada mudança que fazemos. E claro, não poderia deixar de lado o bode Gilbert. Sim, tem um bode nesse filme e ele conseguiu me fazer sorrir todas as vezes que entrou em cena.
Mas vale a pena assistir? Se você quer algo leve, para passar o tempo e que não precise pensar e nem questionar muito, vale! Se não for o caso, passe para o próximo da lista, pois Amor em Obras não irá te conquistar ou confira apenas as cenas com o bode 😉
Vale também prestar atenção na maneira que Gabriela come um sanduíche com salsicha. Isso porque a atriz é vegetariana e come o sanduíche pelas bordas, evitando a carne.
Confira a nossa crítica de Ted Bundy, outro filme da Netflix, clicando aqui!
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