Estreia dia 14 de fevereiro nos cinemas de todo o país, Alita: Anjo de Combate (Alita: Battle Angel). Um filme com produção de James Cameron (Titanic, Avatar, Exterminador do Futuro) e direção de Robert Rodriguez (Sin City, Um Drink no Inferno, Pequenos Espiões).
Alita: Anjo de Combate é uma adaptação do mangá homônimo da década de 1990 do artista japonês Yukito Kishiro e se ambienta no ano de 2563, num cenário pós-apocalíptico e já bastante estruturado em uma nova organização social onde ciborgues são uma realidade cotidiana, mas mantendo, em sua maioria, as características humanas no seu sistema nervoso (cérebro e olhos, no mínimo).
Alita (Rosa Salazar) é uma ciborgue encontrada destroçada pelo cientista Dr. Dyson Ido (Christoph Waltz) em um lixão da última cidade flutuante que abriga uma “elite” misteriosa e que é o sonho de muitos que vivem na caótica Cidade de Ferro, a qual recebe seus rejeitos tecnológicos e sobrevive disso.
Após uma incrível restauração feita por Ido, Alita acorda sem memória e sem consciência de seu papel nessa “nova” sociedade e nessa descoberta conhece Hugo (Keean Johnson), que rapidamente se torna seu amigo e por quem ela se apaixona, como qualquer adolescente, e isso humaniza bastante a personagem de grandes olhos.
Aliás, os olhos da protagonista podem causar um certo estranhamento no início do filme, mas logo essa estranheza é absorvida por sua personalidade e nota-se que essa característica exerce 2 funções paradoxais na trama: a primeira é que os olhos lembram sempre a condição física dela: a de uma ciborgue e, segundo, que esses olhos potencializam (e muito) suas emoções, mostrando que atrás de toda a tecnologia biomecânica de uma verdadeira arma de guerra, existe uma garota com conflitos inerentes dessa fase da vida.
O relacionamento de entre Alita e Hugo pode, em certos momentos, direcionar a história à um dramalhão adolescente digno de Sessão da Tarde, juntamente com as cenas das disputas dos torneios de Motorball que muitas vezes nos fazem lembrar da direção de Robert Rodriguez (Pequenos Espiões, lembra?).
Não espere um roteiro primoroso, mas não se engane, o filme é ótimo, as cenas são de tirar o fôlego e as emoções estão sempre intensamente presentes. A história é simples, mas isso é uma grande vantagem quando o que mais importa é a saga dessa heroína extremamente carismática e uma das personagens mais badass que vimos nesses últimos tempos.
Um filme digno das produções de James Cameron, que apesar de alguns deslizes, prende nossa atenção com cenas épicas, de tirar o fôlego até do mais crítico e saudosista leitor do mangá.
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