Estreia hoje nos cinemas brasileiros o spin-off da trilogia Ocean’s, (11, 12, 13 Homens e seus segredos) 8 Mulheres e Um Segredo. Sequência baseada na obra “Ocean’s 11” de 1960, estrelado por Frank Sinatra, Dean Martin, Sammy Davis Jr e outros monstros que não poderiam imaginar o rumo que a obra tomou 58 anos depois com o total protagonismo feminino, deixando a lembranças de suas figuras mais assemelhadas a dinossauros.
A sequência de maior sucesso é a trilogia filmada no início dos anos 2000, 11 Homens e Um Segredo (2001), 12 Homens e Um Outro Segredo (2004) e 13 Homens e Um Novo Segredo (2007), onde os galãs fáceis dessa década, George Clooney, Brad Pitt e a linda mulher Julia Roberts, envolviam o público em tramas inteligentes e bem humorada, sempre relacionadas a grandes golpes e roubos.
O filme conta a história de Debbie Ocean (Sandra Bullock) que após sair da prisão planeja um assalto no Met Gala (Baile do Museu Metropolitano de Nova York), com o apoio de Lou (Cate Blanchett), Nine Ball (Rihanna), Amita (Mindy Kaling), Constance (Awkwafina), Rose (Helena Bonham Carter), Daphne Kluger (Anne Hathaway) e Tammy (Sarah Paulson).
Passados 11 anos, tomam conta desse universo, antes protagonizados por homens na figura de inteligentes e charmosos, 8 mulheres de talento inquestionável e referências na luta da classe artística americana no posicionamento e no poder que as mulheres têm (ou ainda lutam para ter). O plano de fundo é esse mas não levanta bandeiras, a não ser, com muita sutileza, nos ambientes e cenários onde os personagens masculinos estão inseridos, e também, a representação do feminino nas obras do museu. Repare nisso. É um ótimo exercício.
Sandra Bullock protagoniza em 8 Mulheres e Um Segredo a trama de uma forma mais contida como nos acostumamos vê-la em outras comédias, até pela trajetória mais sofrida da sua personagem. Tanto que quase perde o protagonismo para Cate Blanchett, essa sim, sobrou no filme. Uma atuação impecável que nos faz perceber sua falta em algumas cenas.
Outra que não precisa muito pra tomar conta da cena é Helena Bonham Carter que reforça de forma brilhante o sentido cômico da trama. Aos fãs de Rihanna, uma boa notícia, ela participa de forma efetiva e bastante importante na trama, pecando somente na postura da personagem que deve ser uma hacker mas que volta e meia tem o costume de “divar” na postura da atriz. Textos longos, então, esqueça.
Anne Hathaway e o restante do elenco cumprem o papel de forma OK, sem defeitos mas nada que se possa destacar.
A obra peca de vez em quando nas facilidades do acaso no plano e nos estereótipos que a indústria do cinema norte americana custa em abrir mão em troca de uns sorrisos.
Por fim, 8 Mulheres e Um Segredo é um filme de pura diversão mas não se empolgue, é para quem tem o riso frouxo.
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