5 filmes que já ganharam pelo menos 10 Oscars

Quarentena, quase nada aberto e o que nos resta? Talvez assistir a alguns filmes na TV ou tentar discutir o futuro do país nas redes sociais. Nesses momentos de tédio profundo, podem passar algumas questões um tanto curiosas (embora praticamente inúteis) por nossas cabeças.

Por exemplo, já é de conhecimento geral que o recorde de Oscars obtido por um único filme é de 11, número que parece um tanto insuperável, já que 3 filmes chegaram a essa marca, mas nunca nenhum outro a ultrapassou. Mas também há outros 2 filmes que bateram na trave, com 10 premiações.

Na nossa lista de hoje, vamos falar desses filmes para você que está procurando sair um pouco do tédio assistindo produções importantes da história do cinema. Confira.

5º. E o vento levou… (13 indicações, 10 Oscars)

E o vento levou… foi o maior sucesso comercial de toda a história do cinema, considerando-se a inflação de 1939 até hoje. O filme se passa nos Estados Unidos, durante a Guerra de Secessão, e retrata Scarlett O’Hara (Vivien Leigh), filha de um latifundiário do Sul, e suas desventuras amorosas, enquanto ela tenta lutar em favor de sua família e contra as adversidades da guerra.

Com 4 horas de duração, exibido em duas partes, o filme conquistou 8 Oscars nas categorias concorrentes e mais 2 honorários (premiação concedida a filmes que inovaram em algum aspecto, não há concorrentes e não é realizada todos os anos), sendo que por 20 anos foi o recordista absoluto de premiações.

Um épico de dimensões incomparáveis, principalmente considerando a época em que foi produzido, o filme até hoje é lembrado como um dos maiores marcos do cinema. Uma curiosidade para as pessoas mais novas que dificilmente terão a paciência para ver tudo é que Scarlett no fim termina sozinha e abandonada, ainda tendo que ouvir de seu amado Rhett Butler (Clark Gable) que ele não se importava (Frankly, my dear, I don’t give a damn! Frase imortalizada e constantemente retomada no cinema).

4º. Amor, Sublime Amor (11 indicações, 10 Oscars)

É curioso que hoje pouco se fale sobre a era dourada dos musicais de Hollywood. Por muitos anos, esses filmes dominaram completamente as premiações, tanto que até mesmo chegou a haver um prêmio para melhor coreografia. Amor, Sublime Amor é mais conhecido até pelo seu nome original (West Side Story) e é um dos musicais mais relembrados e retomados em produções posteriores.

A história nem é tão original: adaptação para o cinema de um musical da Broadway, baseado na peça Romeu e Julieta, de Shakespeare, retrata o amor impossível entre o líder de uma gangue de brancos da periferia de Nova York, Tony (Richard Beymer) e a irmã do líder da gangue rival (de imigrantes porto-riquenhos), Maria (Natalie Wood). Sim, apesar da história um tanto clichê, o filme tocava em questões que até hoje são consideradas tabu.

Os números musicais são simplesmente espetaculares, e as canções se eternizaram no tempo, como as icônicas “I feel pretty” e “America”, cujas releituras e reinterpretações aparecem até hoje nas mais diversas produções (veja abaixo as versões originais do filme e certamente você vai reconhecer).

3º. O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (11 indicações, 11 Oscars)

Há uma extensa lista de filmes que passam das 10 indicações ao Oscar, mas a maioria deles não conquistou nem metade de tudo isso. O único que conseguiu abocanhar todas as 11 indicações que recebeu foi O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (o último inclusive, que chegou nessa marca, isso lá na premiação de 2004, quase 20 anos, portanto).

É a conclusão da saga de Frodo (Elijah Wood) tentando levar o Um Anel a Mordor, a fim de destruí-lo e acabar com os planos de dominação de Sauron. Embora faça parte de uma trilogia (cujos outros filmes também receberam premiações), o filme se destacou muito em comparação a seus episódios anteriores em padrão de qualidade (o mais marcante para este que vos escreve é a trilha sonora, que é simplesmente perfeita), e as 11 premiações foram mais do que justas.

2º. Ben-Hur (12 indicações, 11 Oscars)

Nas décadas de 1950 e 1960, os grandes estúdios não tinham o hábito de produzir praticamente um filme por dia, como ocorre hoje, porque afinal, toda produção demanda muito dinheiro e tempo. Era mais comum que se investisse em uma única grande produção por ano (concentrando boa parte do orçamento nela e fazendo outras menores), e era exatamente o que fazia a MGM.

O que pouca gente sabe é que a história, além de ser uma adaptação de um livro clássico, já havia sido produzida para o cinema em outras duas oportunidades. Mais precisamente, a versão de 1925 (muda e em preto e branco) foi a base do roteiro, que já era mais do que conhecido e pode ter ajudado nas dimensões épicas que o filme ganhou.

A história começa em Jerusalém. Ben-Hur (Charlton Heston) é um comerciante judeu (de família abastada) que injustamente e sem saber se envolve em uma trama de conspirações políticas por culpa de seu amigo de infância, Messala (Stephen Boyd). Depois de ser condenado à escravidão em Roma, Ben-Hur jura que terá sua vingança, e por isso trilha um longo caminho de volta para casa, enquanto paralelamente vai se desenvolvendo a jornada de Jesus Cristo na Terra.

A cena mais relembrada do filme é a da corrida de bigas, algo que na época era simplesmente impensável de se fazer com a qualidade produzida.

1º. Titanic (14 indicações, 11 Oscars)

O campeão entre indicações e prêmios é um velho conhecido, sobre o qual já comentamos aqui e aqui. Na verdade, muita gente até questiona como história tão “mamão com açúcar” pode ser a primeira dessa lista se não conseguiu se destacar em nenhum aspecto mais “chamativo”, como o roteiro ou as atuações.

Parece que o ponto é justamente esse: o filme levou 9 prêmios entre as chamadas categorias técnicas, que levam em consideração aqueles trabalhos menos evidentes, como efeitos sonoros e visuais. E justamente a coordenação desse brilhante trabalho técnico por James Cameron que trouxe os outros dois prêmios: Melhor Filme e Melhor Diretor (esses dois raramente, inclusive, são destinados a produções diferentes).

E a história, convenhamos, é bem cativante, inserindo em meio à tragédia real uma trama fictícia de amor impossível, o que trouxe público e gerou um enorme rebuliço em torno do filme (que foi exibido até nas escolas). Se a academia ignorasse isso, talvez tivesse perdido a credibilidade muito antes.

E você, o que acha desses filmes? Já viu todos?

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